Objeto de desejo do Cruzeiro presenciou discussão por premiação em final

O Cruzeiro sonha com a contratação de Wagner para a vaga de Éverton Ribeiro, negociado para o Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos. Embora o meia-atacante conte com o apreço da diretoria, ele presenciou um dos momentos mais tristes da história recente do clube: a derrota para o Estudiantes, da Argentina, na finalíssima da Taça Libertadores da América 2009, em pleno Mineirão.

No revés que acarretou no vice-campeonato dos mineiros, houve uma discussão no vestiário durante o intervalo. Parte do elenco cobrou um valor maior de bicho sob o pretexto de ter atuado com mais frequência na campanha que poderia acabar com o terceiro título continental da agremiação.

À época, o atacante Kleber revelou o problema em entrevista coletiva. O ex-camisa 30 conta que um grupo de atletas pensou apenas na premiação oferecida pelo então presidente Zezé Perrella.

“Eu percebi sim que havia algumas pessoas preocupadas com o prêmio. A gente sempre falou que não tinha prêmio nenhum que pagasse o título da Libertadores. Mas a gente vê, eu particularmente vi que tem jogadores que pensam, o que é normal em qualquer clube, pensam na premiação, não aceitam, ficam chateados com muitas coisas”, disse o Gladiador no dia 14 de agosto de 2009.

A discussão do grupo foi confirmada recentemente por Marquinhos Paraná. Atualmente no Ventforet Kofu, do Japão, o volante relata que houve um entrevero por conta da distribuição do ‘bicho’ pelo provável título.

“Teve um fato que aconteceu no vestiário, isso pode ocorrer com qualquer equipe. Não chegou a ter briga, mas alguns jogadores discutiram. Uns queriam ganhar mais da premiação por terem participado de mais jogos da campanha. Falavam que estiveram em duas ou três partidas e outros em todas. Falo que isso é normal em uma equipe que disputa o campeonato. O correto é dividir igual, mas cada um pensa de um jeito e tem jogador que não pensa assim. O mais importante é ganhar o campeonato”, disse ao portal Uai.

Titular do Cruzeiro à época, o meia-atacante Wagner esteve no vestiário enquanto houve a discussão. A postura do jogador, no entanto, nunca foi confirmada por nenhuma testemunha do polêmico encontro. Agora, caso a sua volta à Toca da Raposa II seja confirmada, ele terá a oportunidade de jogar uma nova edição da Libertadores.

Atualmente, os vencimentos do jogador são divididos entre Fluminense e Unimed, antiga parceira do clube das Laranjeiras. Os dirigentes cariocas desembolsam R$ 70 mil nos salários do atleta. A ideia da agremiação é assinar um novo contrato com o apoiador, reduzindo a quantia paga pela companhia de saúde. A duração do compromisso seria a mesma do atual, até dezembro deste ano.