Novo reforço do Inter luta contra 'maldição' de atacantes gringos no clube

E todos chegaram com renome. Diego Forlán, Fernando Cavenachi, Ignácio Scocco, os três últimos gringos que atuaram no ataque vermelho não caíram nas graças da torcida logo de cara e acabaram sendo repassados a outros clubes. 

 

O primeiro a chegar foi Cavenaghi. Contratado como grande reforço para Libertadores de 2011, o argentino chegou ao Brasil com grande festa da torcida. Foi recebido no aeroporto como ídolo imediato. Mas bastou ir ao campo para perder tal condição. 

 

Foram apenas 144 dias com a camisa vermelha. Marcou somente dois gols em 13 jogos. Perdeu espaço e foi ofuscado pela boa fase de Leandro Damião. 

 

Mas o infortúnio com Cavenaghi não abalou a meta de apostar em estrangeiros renomados. Forlán foi o próximo. Recebido por 3 mil torcedores no aeroporto, o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010 chegou no meio de 2012. Em 2013, foi goleador do Campeonato Gaúcho. Caiu no segundo semestre, mas foi vice-artilheiro da equipe com 17 gols no ano. Mas perdeu espaço por conta das frequentes saídas para seleção uruguaia. No início de 2014 se despediu sem nunca comprovar totalmente a fama e o investimento. Jogou 55 partidas no clube, marcou 22 gols. 

 

No mesmo período, Scocco foi outra aposta que não deu certo. Após uma boa Libertadores pelo Newell's, ele custou 6,6 milhões de dólares aos cofres vermelhos. Mas teve trajetória controversa. Marcou quatro gols em 22 jogos. Não conseguiu se firmar. Afirmou, em determinado momento, não ter 'adrenalina' para jogar no futebol brasileiro. Se negou a regressar das férias e acabou vendido ao Sunderland, da Inglaterra. 

 

Nem mesmo atacantes de lado deram totalmente certo. Carlos Martín Luque ainda tenta comprovar qualidade e não foi relacionado para o início da Libertadores. Chucho Bolaños defendeu o clube em 2009 mas também não conseguiu sucesso. 

 

O torcedor que puxar pela memória, terá um atacante gringo para lembrar com sucesso. Rentería, o colombiano que fez parte da trajetória do título da Libertadores de 2006, pode ser o último a ter sucesso na linha de frente vindo de fora. Meias como D'Alessandro, volantes como Guiñazu ou Aránguiz, todos tiveram mais sucesso. Atacantes não há muitos exemplos. E Wason Rentería deixou o clube há oito anos. 

 

Lisandro López luta contra esta marca. Busca romper a 'maldição' dos atacantes estrangeiros. E contará com o apoio do técnico uruguaio Diego Aguirre para isso. 

 

Até terça-feira ele chegará ao Brasil para realizar exames, assinar contrato e ser apresentado. A apresentação também será confirmada nos próximos dias.