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Na Libertadores, atleta do Cruzeiro vai encarar voos longos e medo de avião

Manoel terá que superar medo de avião para defender o Cruzeiro pela Libertadores - Ailton Cruz/VIPCOMM
Manoel terá que superar medo de avião para defender o Cruzeiro pela Libertadores Imagem: Ailton Cruz/VIPCOMM

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

24/02/2015 06h00

Jogar a Taça Libertadores da América é o sonho de qualquer atleta sul-americano. Manoel disputará a sua segunda edição. O zagueiro, no entanto, terá que enfrentar um medo para defender o Cruzeiro na competição continental: viajar de avião. O bicampeão brasileiro deixa o país três vezes na fase de grupos. A primeira é para enfrentar o Universitário Sucre, na Bolívia. Posteriormente, terá jogos contra o Mineros, em Puerto Ordaz, na Venezuela, e o Huracán, na Argentina.

No primeiro confronto, o defensor tem possibilidades de aparecer apenas entre os relacionados de Marcelo Oliveira, já que se recuperou de lesão na coxa esquerda recentemente e ainda não reúne condições de atuar 90 minutos. Paulo André e Léo devem entrar na vaga do ex-jogador do Atlético-PR.

Manoel, contudo, é um dos importantes nomes da retaguarda. Por isso, driblar o medo de viagens aéreas será fundamental para o atleta. Sobre o receio de passeios de avião, ele relata em tom de brincadeira.

“Se tem uma coisa que eu tenho muito medo mesmo é viajar de avião. Eu fico pensando antes das viagens já. Se acontecer alguma coisa, eu já fico: ‘ai meu Deus, ai meu Deus’. Isso me mata do coração. Lá em cima eu começo a tremer, abaixo a cabeça... Os caras tentam falar comigo, mas eu nem dou muito papo”, contou.

“Acho que vou encerrar a minha carreira cedo por causa de avião (risos). Eu tenho muito medo, começo a suar, fico pensando em tudo, na minha vida, na minha mãe”, acrescentou o jogador.

Para a estreia da Libertadores, marcada para esta quarta-feira, a diretoria tentou otimizar o tempo de viagem da delegação. Os atletas deixam o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, em avião fretado para Santa Cruz de la Sierra e, posteriormente, outro voo para Sucre. No total, o percurso todo será feito em 6 horas e 10 minutos.

As viagens a Puerto Ordaz e Buenos Aires ainda não foram definidas pela cúpula. Caso o Cruzeiro deixe Belo Horizonte rumo à Venezuela em voo comercial, a ida durará pouco mais de 17 horas, entre período no ar e escalas. A viagem de Confins até a capital argentina requer um tempo ligeiramente superior a duas horas.

Apesar de o nervosismo tomar conta de Manoel em viagens de avião, o jogador tem um perfil bem tranquilo, como ele mesmo costuma definir. O zagueiro conta que gosta de brincar com os companheiros, mas prefere não ser alvo delas.

“Sou um cara tranquilo e sereno. Gosto de brincar, mas na hora certa. Na hora de trabalhar, tenho que levar a sério. Gosto de brincar com os outros, mas não gosto que brinquem comigo. Sempre tento sair para não ser zoado (risos)”, concluiu.