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Pepe faz 80 anos, rejeita tricô por homenagem e lamenta 'atacante marcador'

Ex-ponta esquerda Pepe recebe camisa personalizada do volante Renato - Divulgação/Santos FC
Ex-ponta esquerda Pepe recebe camisa personalizada do volante Renato Imagem: Divulgação/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

25/02/2015 13h06

O ex-ponta esquerda do Santos, Pepe, completa 80 anos de idade nesta quarta-feira. O ídolo santista foi homenageado no CT Rei Pelé ao receber uma camisa personalizada do volante Renato. Pepe brincou ao dizer que rejeitou o tricô em casa para ir ao clube e também analisou o futebol atual.

Pepe, que é o segundo maior artilheiro da história do Santos, com 405 gols marcados, acredita que jamais alcançaria esta marca hoje por causa da obrigação dos atacantes em ajudar na marcação.

"Eu poderia ficar em casa hoje, fazendo tricô, mas eu não consigo. Na verdade, quem sabe, eles podem até me escalar na ponta esquerda para jogar. Estou à disposição", brincou Pepe, que analisou o estilo  marcador dos atacantes de hoje.

“O futebol mudou muito hoje. Creio que se eu tivesse que jogar, teria que voltar para marcar e não faria os 405 gols. Eu era o homem do contra-ataque, o Lula me pedia para não voltar, apesar do Dalmo ficar maluco comigo, gritar sempre que estava com dois", completou.

Pepe agradeceu a homenagem do Santos e voltou a brincar com o fato de ser o maior artilheiro da história do clube, pois Pelé não é um jogador humano.

“Aqui é minha casa, minha família. Fico feliz com a homenagem. Sempre digo que sou o maior artilheiro humano do Santos, fiz 750 jogos, marquei 405 gols. O Pelé é um ET. Para mim, é motivo de muito orgulho ter feito parte desta geração de craques”, disse.

José Macia, o Pepe, jogou 750 partidas pelo Santos para marcar os 405 gols.

O canhão da Vila, como é conhecido devido ao chute forte que possuía quando jogava, também foi técnico do alvinegro praiano. Ele dirigiu a equipe santista em 371 oportunidades, venceu 176 partidas, empatou 112 e perdeu 83. É o 3º técnico que mais vezes dirigiu o Santos, ficando atrás de Lula e Antoninho.