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Nova queda de rendimento do Atlético-MG coloca preparação física em xeque

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

26/02/2015 08h35

Mais uma vez o Atlético-MG não conseguiu render bem no segundo tempo. O que aconteceu diante do Atlas, do México, ocorreu nas demais partidas do clube na temporada 2015. A nova queda de rendimento é associada à parte física dos jogadores, já que a sensação é que falta pernas para acompanhar os adversários.

Algo que ficou nítido no duelo contra o Atlas, especialmente entre os minutos 20 e 41, período que os mexicanos sobraram em campo, com inúmeras boas chances criadas até que o atacante Suarez conseguisse vencer Victor e fazer o único gol da noite. ‘Sem pernas’, nem mesmo uma pressão no final, no abafa, o Atlético conseguiu fazer.

Um dos motivos para o questionamento é a troca no comando da preparação física. Carlinhos Neves ficou na Cidade do Galo por três anos e meio, mas foi se juntar a Cuca, no Shandong Luneng, no começo e 2015. O escolhido para substituir Neves foi Rodolfo Mehl, amigo de longa data e colega de faculdade do antigo preparador atleticano.

Para o técnico Levir Culpi, a parte física tem interferência sim no momento da equipe, pois se trata do começo de trabalho, mas nada além disso. “O procedimento nosso na parte física é praticamente igual ao do ano passado, quase nada mudou. O que acontece é que estamos começando uma temporada. O maior problema nosso está residindo aí. Alguns jogadores ainda estão se adaptando”.

Além de Levir Culpi, com quem trabalhou durante seis anos no Japão, Rodolfo Mehl encontrou toda uma estrutura montada na Cidade do Galo. O novo preparador físico do Atlético conta com uma comissão técnica permanente, formada por funcionários que estão há muitos anos no clube, e toda a parte física que o CT atleticano oferece.

Até por isso, o atacante André sai em defesa da comissão técnica e descarta qualquer problema físico com os jogadores. Na opinião do atacante, o que tem faltado é um pouco mais de organização dentro de campo. “Não é parte física, não. Faltou um pouquinho de organização da gente, o que é normal, pois jogamos com muitos atacantes e atacantes não sabem marcar. Então não faltou parte física, faltou organização e deixamos a desejar”, disse o atacante, que vê nas três derrotas consecutivas a grande razão para o questionamento do trabalho dos preparadores físicos do Atlético.

“É ter paciência e sabedoria, porque quando se perde começa a vir muita coisa. Começam a falar que é parte física, que é isso ou que é aquilo. Mas não é nada disso. Falta a gente se concentrar um pouquinho mais, pois estamos deixando a desejar nos minutos finais. Então é a gente se fechar e reverter isso, que é possível”.