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CBF faz limpa na base, pressiona Gallo e contrata coordenador do Palmeiras

Gallo (à direita) conversa com Damiani (centro) em visita ao Palmeiras - Fabio Menotti/Agência Palmeiras
Gallo (à direita) conversa com Damiani (centro) em visita ao Palmeiras Imagem: Fabio Menotti/Agência Palmeiras

Danilo Lavieri e Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

27/02/2015 10h39

A CBF oficializou na última quinta-feira a demissão de aproximadamente dez pessoas que compunham a estrutura da divisão de base antes liderada por Alexandre Gallo. Mesmo sem força e sem seus auxiliares, o treinador foi mantido para a disputa do Mundial sub-20, mas deixou de ser o coordenador das categorias.

Para a vaga de coordenador, a CBF contratou Erasmo Damiani na quarta-feira passada. Com passagens na função por Figueirense, Atlético-PR e mais recentemente Palmeiras, ele passa a ser o incumbido de reformular o projeto desenhado pelo diretor de seleções Gilmar Rinaldi.

Novo chefe direto de Gallo, Damiani deixa assim o trabalho no Palmeiras para reformular o setor da CBF. Ele disputava a posição com André Figueiredo, do Atlético-MG. No Palmeiras, promoveu revolução nas divisões de base a partir de aposta do presidente Paulo Nobre, e levou jogadores aos profissionais como João Pedro, Nathan, Victor Luis, Renato e Gabriel Jesus.

Entre os profissionais cotados para as outras funções na CBF estão Diogo Giacomini, que treinava o time sub-20 palmeirense, e Clemer, do Internacional.

Mantido no cargo de técnico por José Maria Marin, Gallo vai ao Mundial sub-20 em maio com poucas chances de permanência na categoria. Ele será avaliado e há uma possibilidade, mesmo que remota, de seguir com o time sub-23 no processo dos Jogos Olímpicos.

Além dos resultados ruins, Gallo é questionado dentro da CBF por preencher cargos com pessoas de confiança e não necessariamente experientes para tal, como ocorreu com Caçapa, sem qualquer rodagem como treinador. A pessoas próximas, Gilmar tem pregado que meritocracia estará acima de tudo na escolha dos novos profissionais para a base. Por isso, o também treinador Caio Zanardi será avaliado no Sul-Americano sub-17 que tem início nos próximos dias.

Se não bastassem os problemas, Dunga também tem relação muito difícil e perdeu confiança em Gallo já na chegada à seleção brasileira. O treinador do time principal vê o comandante da sub-20 e sub-23 como ameaça e não aliado. Por isso, além de meritocracia, Gilmar Rinaldi também quer integração maior no novo ciclo.

Entre os já demitidos estão o treinador Cláudio Caçapa, que cuidava da sub-15, e seu auxiliar direto, Axel. Na categoria sub-20, saíram o auxiliar técnico Maurício Copertino, o preparador de goleiros Bahia e o preparador físico Elliot Paes. Guilherme Souza, administrador, Betão, supervisor, e Bianca Feijó, administradora, também foram sacados por Gilmar, entre outros nomes.