Santos expõe insatisfação de Enderson e rejeita 'medalhão' como substituto

O presidente do Santos, Modesto Roma, concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, na Vila Belmiro, para explicar a demissão do técnico Enderson Moreira. O dirigente alega que o treinador foi demitido pois externou sua insatisfação com o clube e, principalmente, por fazer desabafos contra atletas santistas na mídia.

“A coletiva tinha como objetivo anunciar o futebol feminino, agora, não sei a razão. Vocês querem saber sobre o Enderson. Não é mais segredo para ninguém a saída do professor Enderson Moreira, e talvez a grande pergunta seja o motivo. O motivo foi porque ele demonstrou estar insatisfeito com algumas coisas no clube e expôs o desejo de não continuar. Se ele estava insatisfeito, ele saiu por esta razão”, afirmou Modesto.

“Já. Nós já tínhamos conversando. Conversamos por volta das 11 horas. Fui ao CT conversar com ele no sentindo de termos... Gosto de encarar os problemas de frente e achei que ele estava se abrindo demais com vocês, externando com vocês algumas coisa que só poderia fazer externamente. Vocês nos forçam a falar coisas, vocês são muito sedutores. Eu disse que ele deveria falar as coisas mais internamente. Ele disse que não estava satisfeito com algumas coisas, sobre contratações, sobre o direito de imagem atrasado. Eu disse que entendia e que poderíamos discutir. Eu disse que não poderíamos continuar com a insatisfação. A resposta é sim, ele já sabia. Ele não mentiu a vocês, pois estávamos discutindo as questões do acordo”, completou.

Em relação ao novo técnico, a diretoria santista espera anunciá-lo até o próximo domingo. Modesto Roma ressaltou que o clube não contratará um “treinador medalhão”, com salário de mais de R$ 500 mil.

“Que grandes nomes? Se grandes treinadores são sinônimos de salários de R$ 500, 600 e 700 mil, podem se afastar. O Santos não tem esse perfil hoje. O Santos vai atrás do que for melhor para ele, respeitando éticas e compromissos”, disse o presidente.

Enderson mexeu com o xodó do clube, as categorias de base

Eu não tenho. Não é questão de xodó. Não é por criticas a base, não é por tentar impor sua opinião sobre ninguém. Não houve queda de braço. Não estávamos disputando nenhuma luta interna. Por alguma razão ele externou o ponto de vista dele, respeitamos, mas não concordamos. Ele ficou insatisfeito com o clube e, por isso, aconteceu a saída dele.

Novo técnico e insatisfações com Enderson

Vamos fazer uma reunião depois que vocês me soltarem daqui. Vamos discutir o assunto, analisar o que é melhor para o clube. Insatisfações com o Ederson não temos, temos questões pontuais, que fui conversar com ele. Eu fui para o CT conversar com ele.

Problema com os garotos

Ele não foi demitido. Fizemos um acordo. Nada teve com os garotos, não é verdade. A questão com qualquer atletas do Santos são questões que são tratadas internamente. Nós não privilegiamos nada, preferimos ter uma situação justa para todos os componentes do grupo. É uma decisão que o professor decidiu tomar e respeitamos.

Quem comanda o time contra o Botafogo, domingo.

Quem vai comandar o time é o Marcelo Fernandes, como auxiliar o Serginho Chulapa.

Reclamação dos atletas sobre o Enderson

Não ouvimos nenhum chororô e mimimi. O Enderson não reclamou de ninguém não. Não foi nada encomendado. Eu leio as noticias e acho que deve pontuar com alguém. Conversei com o Enderson sobre as declarações dele. Não fui cobrar não.

Perfil do novo técnico

Quanto ao perfil. Tem que ter identidade com o Santos. A identidade com a forma que o Santos sempre quis jogar. Não é técnico para dizer amém, mas também não é um técnico para estar sozinho em sua redoma. Temos que ter um diálogo franco e sincero.

Diretoria sonha com novo técnico para domingo

Eu gostaria de ter um treinador para domingo, contra o Botafogo. Eu não esperava essa tarefa para agora. Vocês não sabem a bagunça que teve na minha agenda para procurar um técnico. Estamos todos aqui porque existe a crise no momento. Precisamos procurar o melhor para o Santos. Vamos fazer no melhor tempo possível.

Santos afasta técnicos tops por não pagar alto salário

Que grandes nomes? Se grandes treinadores são sinônimos de salários de R$ 500, 600 e 700 mil, podem se afastar [do clube]. O Santos não tem esse perfil hoje. O Santos vai atrás do que for melhor para ele, respeitando éticas e compromissos.