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Cruzeiro mantém ritmo, mas 'tranquilidade' reduz desempenho na Libertadores

Leandro Damião lamenta oportunidades desperdiçadas na Libertadores - Nalu Rosa/Light Press
Leandro Damião lamenta oportunidades desperdiçadas na Libertadores Imagem: Nalu Rosa/Light Press

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

17/03/2015 18h44

O Cruzeiro tem números distintos no Campeonato Mineiro e na Copa Libertadores da América, competições que disputa no primeiro semestre. No Estadual, os comandados de Marcelo Oliveira têm o melhor ataque, com 17 gols marcados em sete partidas. No torneio continental, a equipe não fez nenhum gol em dois jogos.

Os números negativos na competição internacional fazem com que os atletas treinem jogadas ofensivas à exaustão. Nas atividades que antecederam a viagem a Puerto Ordaz, na Venezuela, onde o bicampeão brasileiro enfrenta o Mineros de Guayana (VEN), Marcelo Oliveira cobrou melhorias dos atletas.

Mas só a quantidade de gols é distinta. Nas estatísticas, a equipe é levemente superior no torneio continental. No Campeonato Mineiro, foram 90 finalizações em sete embates, o que corresponde a 12,85 conclusões por confronto. Na Libertadores, o time é mais agressivo. São 15,5 chutes por compromisso disputado.

Diante dos problemas enfrentados para balançar as redes adversárias na competição internacional, os jogadores recebem cobranças. Artilheiro do Cruzeiro na temporada, com cinco gols anotados, Leandro Damião explica que o rendimento está ligado à falta de tranquilidade do elenco.

“Todos estão conscientes, sabendo que precisamos buscar os três pontos de qualquer maneira lá. É ter tranquilidade, o gol vai sair naturalmente. Não podemos nos apavorar”, afirmou o centroavante.

Henrique não é perito em fazer gols. O volante, entretanto, é um dos líderes do elenco e endossa o discurso do camisa 9: “Tranquilidade depende muito de cada jogador, às vezes, ansiedade para fazer um gol logo, escolher a melhor jogada, a melhor opção. É claro que isso acaba atrapalhando. A ansiedade é maior, porque todos comentam, todos cobram. Então, isso acaba atrapalhando um ou outro jogador”, concluiu.