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Cachaça e quitutes mineiros. Atlético-MG faz agrado aos rivais estrangeiros

Irmão de Hugo Chávez e presidente do Zamora, Adelis Chávez ganhou uma camisa do Atlético-MG, antes do jogo pela Libertadores de 2014 - Victor Martins/UOL Esporte
Irmão de Hugo Chávez e presidente do Zamora, Adelis Chávez ganhou uma camisa do Atlético-MG, antes do jogo pela Libertadores de 2014 Imagem: Victor Martins/UOL Esporte

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

09/04/2015 08h10

O duelo entre Atlético-MG e Santa Fe já começou, mas primeira parte foi bem amistosa. Se nesta quinta-feira os jogadores dos dois clubes vão se enfrentar pela 4ª rodada do grupo 1 da Copa Libertadores, na noite anterior um jantar de confraternização reuniu as duas diretorias em um tradicional restaurante de Belo Horizonte. Algo que é rotina todas as vezes que o Atlético recebe equipes estrangeiras em Belo Horizonte.

A cúpula atleticana recebe os visitantes da melhor maneira possível, a começar pelo cardápio. A tradicional comida mineira não fica fora, mas ela ganha um toque refinado através das mãos do chef de cozinha Ivo Faria. Além da boa e farta refeição, os estrangeiros também recebem agrados especiais, com um kit tipicamente mineiro. Doces, queijos, cachaças e artesanatos de todo o estado de Minas Gerais.

Como não podia ser diferente, a cesta de presentes conta também com produtos oficiais do Atlético, como chaveiros, canecas e a camisa de jogo. Em campo o Atlético é bastante temido pelos sul-americanos atuando no Independência, perdeu apenas uma vez nas 11 partidas de Libertadores que atuou no Horto, mas visitar Belo Horizonte tem se tornado uma atração e a notícia tem corrido entre os dirigentes estrangeiros.

Aliás, essa ótima relação já rendeu frutos para o clube. A contratação do colombiano Cárdenas é um bom exemplo. O jogador era pretendido por outras equipes brasileiras, como São Paulo e Cruzeiro, mas o jantar na capital mineira antes do jogo da volta das oitavas de final da Libertadores do ano passado foi determinante.

“Esses encontros são ótimos, é a chance que temos para fazer amizades com os presidentes dos clubes estrangeiros. Passamos a ter contato direto, sem intermediários”, explicou ao UOL Esporte o diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, que contou como foi a conversa para trazer Cárdenas para a Cidade do Galo. “Eu falava direto com o presidente (Juan Carlos De La Cuesta) e isso ajudou bastante. Apesar das boas propostas de outros clubes, ele acabou acertando com o Atlético”.

Outro exemplo de boa relação é com Adelis Chávez, o presidente do Zamora e irmão de Hugo Chávez, falecido presidente da Venezuela. Adelis ficou amigo dos atleticanos e contou casos da época em que jogou futebol e que atuava com a camisa 14. No dia da partida, o dirigente venezuelano recebeu um presente que o fez deixar o Brasil muito satisfeito. A camisa personalizada do Atlético amenizou a dor pela derrota por 1 a 0, que eliminou o Zamora da fase de grupos da última Copa Libertadores.