Gobbi ficou magro após 50 dias em spa. Agora quer distância do Corinthians
Em setembro do último ano, Mário Gobbi chegou ao limite. No meio de um Corinthians x Bragantino, em Itaquera, passou mal e precisou ser atendido pelos médicos no estádio. Era o auge de seu estresse e problemas de saúde que se agravaram. Naquele momento, os níveis de colesterol, o excesso de peso e um quadro de hipertensão indicavam um cenário perigoso para o presidente campeão mundial, mas muita coisa mudou desde então.
No último 7 de fevereiro, Gobbi depositou seu voto no Parque São Jorge, conferiu a eleição do sucessor Roberto de Andrade e foi diretamente a um spa no interior de São Paulo. Os resultados têm sido animadores desde que ele foi internado por 50 dias. Não há fotos disponíveis, mas os amigos do ex-presidente celebram a perda de 15 quilos e a aquisição de novos hábitos, como fazer caminhadas.
Na volta de seu retiro, Gobbi retomou a carreira de delegado. Diariamente, ele trabalha em uma delegacia especializada em proteção ao consumidor na região do Largo de Arouche, em São Paulo. Os amigos descrevem um homem renovado pela distância dos problemas que enfrentava no comando do Corinthians. Principalmente, porque ele cumpriu a promessa de se afastar do clube.
Se o antecessor Andrés Sanchez se notabilizou por interferências na gestão seguinte, Gobbi pregava o oposto. Em quase três meses fora do cargo, ele retornou ao clube apenas na aprovação de contas de sua administração no início de abril. Para o ex-presidente, a sensação foi de um ciclo encerrado e missão cumprida. Mário Gobbi não pretende frequentar o Corinthians tão cedo e mantém sua reclusão.
No período de distância, inclusive, recusou três pedidos de entrevistas - o mais recente deles, feito pelo UOL Esporte. Para Gobbi, o exercício de afastamento irá incentivar o surgimento de novas lideranças e a alternância de poder. Membros de sua ala política creem que essa era, inclusive, a principal bandeira do Grupo Renovação e Transparência. Na visão do ex-presidente, os movimentos que devem fazer candidato o vice André Luiz de Oliveira, vulgo André Negão, contradizem esse princípio democrático. Em 12 anos, ele virou sócio e acabou seu mandato como presidente. Gobbi gostaria que outros fizessem o mesmo.
Mas, para os amigos, o importante é que nesse momento Gobbi revela felicidade. Pela melhora da saúde, pelo carinho que afirma receber de torcedores e por se reaproximar dos amigos e da família na medida em que deixou o Corinthians de lado. Quando perguntado sobre problemas do clube, ele mantém um hábito. Afirma apenas que "meu tempo já passou".
E quem sabe, como em uma entrevista marcante após vencer queda de braço com a Federação Paulista, canta feliz a música de Chico Buarque: "estou me guardando pra quando o carnaval chegar".
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