Goleador recusado e técnico 5ª opção: campeões tiveram heróis improváveis
Não adiantou apostar no que custava mais. Em comum entre alguns dos principais campeões estaduais do último domingo está o fato de que heróis improváveis brilharam. Foi assim para o Santos (campeão paulista), Bahia (campeão baiano), Vasco (campeão carioca), Internacional (campeão gaúcho) e Atlético-MG (campeão mineiro).
Quem poderia imaginar que o gol do título do Atlético-MG sairia do pé direito do canhoto Jô? Levir Culpi acreditou.
Quem diria que Ricardo Oliveira acabaria o Campeonato Paulista com gol na final, artilheiro, campeão e com contrato até 2017? O Santos disse sim.
Ou quem pensava em Diego Aguirre como um grande nome do Internacional? Vitorio Piffero hesitou, mas topou a aposta.
Mas quem diria que o Bahia poderia golear com o brilho de quem nem tinha gol no profissional? Robson, o zagueiro da base, desafiou a lógica.
Por fim, o Vasco: dois gols de Rafael Silva nas finais do Campeonato Carioca? Doriva conhecia o garoto e colheu a vitória.
No Internacional, plano E ganhou até de Felipão e ficou com o título
Diego Aguirre foi contratado pelo presidente Vitorio Piffero depois de recusas de Tite, Abel Braga, Mano Menezes e Vanderlei Luxemburgo.
O início do treinador foi difícil, com críticas públicas do próprio Piffero. Aos poucos, Aguirre organizou a equipe com muitos jogadores jovens e conseguiu extrair o melhor futebol de Nilmar, decisivo na vitória do Gre-Nal. Identificado com a camisa colorada por seus tempos de jogador, o uruguaio surpreendeu para quem parecia chegar ao Beira-Rio sem tantas perspectivas.
Título do Atlético saiu de quem não anotava gol havia mais de um ano
Jô marcou na conquista da Copa Libertadores 2013, o título mais importante da vida atleticana. Mas, já há algum tempo, não tinha status de ídolo entre os torcedores de seu clube. Fruto de indisciplinas e um jejum de um ano e cinco dias que acabou em três minutos. Logo após ser acionado por Levir Culpi, o centroavante marcou, em impedimento e meio no susto, o gol da vitória sobre a vice-campeã Caldense.
Ninguém queria o artilheiro e campeão paulista
Para que a conquista do Santos fosse perfeita, era preciso o gol de Ricardo Oliveira - e ele veio diante do Palmeiras. Oferecido a uma série de clubes na última virada do ano, ele fechou com a direção santista por pouco dinheiro, poucos meses e retribuiu com muitos gols. Foram 11 no Campeonato Paulista que permitiu ao veterano assinar até o fim de 2017, quando já terá 37 anos. E, claro, celebrar um título pelo mesmo clube que havia defendido em 2003.
Herói vascaíno vestiu 11 de Romário e fez gols nas duas finais
Campeão paulista pelo ituano, Rafael Silva já estava em São Januário quando chegou Doriva. Também já havia superado suspeita de assassinato da namorada. Mas faltava brilhar, o que ele fez de verdade nas finais do Carioca. Autor de gol no primeiro jogo, ele repetiu a dose com a mesma camisa que foi de Romário no jogo do título carioca.
Primeiro gol na arrancada do Bahia foi de quem nunca havia marcado
O Bahia apostou tudo em Chicão para ser o líder de sua defesa em 2015, mas o setor se ajustou com o jovem Robson, 21 anos. Ele era capitão nas divisões de base e retornou de empréstimo ao Japão a quinta opção para o treinador Sérgio Soares. Titular, ele foi quem abriu o caminho para o título sobre o Vitória da Conquista com goleada de 6 a 0. O jovem jamais tinha marcado como profissional.
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