Turma do amendoim virou "gourmet". Cardápio do Allianz é chique; veja
A turma do amendoim agora come nuts. O "raio gourmetizador" caiu no Allianz Parque, arena do Palmeiras localizada na zona oeste da capital. Até o hot dog trocou a batata palha pela cebola crispy.
É bem verdade que o cardápio sofisticado é para poucos. É oferecido apenas para os que acompanham as partidas do alviverde dos confortáveis camarotes da arena - são 160, com a capacidade máxima de 3.500 pessoas. O próprio preço do serviço também reduz o universo de interessados. Varia de R$ 45 a R$ 150 por cabeça, de acordo com o menu.
São três distintos, todos à vontade. O mais básico tem pipoca e cachorro-quente. O mais "top" inclui entradas, tábuas de frios, saladas, pratos quentes, lanches e sobremesas, além de bebidas (nada alcóolico). No dia em que o UOL Esporte foi ao local, degustou sanduíches de pastrami, um bolo de carne, batata rosti, ravioli e eclair de chocolate.
"A proposta é oferecer um serviço que começa antes da própria partida. É a experiência. Enquanto a bola está rolando, os garçons não abordam os torcedores. O atendimento só retorna no intervalo do jogo", explica Luciana Fabbri, chef da Gourmet Sports, empresa que coordena o catering do Allianz Parque e de outras arenas no país.
Fabbri está à frente dos 50 funcionários fixos que trabalham nas oito cozinhas distribuídas na arena. A mesma equipe que produz o cardápio que serve os torcedores de camarote, também faz o hot dog que é servido nas lanchonetes da arena. Num dia de jogo concorrido, são vendidos cerca de 6 mil unidades do lanche, na versão convencional.
Há menos de um ano no comando, Luciana Fabbri diz não se importar com futebol. Jura que a relação com o esporte é só profissional. Começou depois de trabalhar no catering durante a Copa do Mundo, no ano passado.
O desinteresse pelo esporte é tanto que ela conta ser comum chegar, ao final dos 90 minutos, sem nem saber o placar. Mas sabe lidar com os funcionários palmeirenses que dão uma fugidinha para conferir o jogo na hora do expediente: "Mas é mais comum eles vibrarem de dentro da cozinha mesmo".
Difícil mesmo, ela brinca, é colocar ordem na disputa entre os garçons palmeirenses que querem ver os ídolos de perto. "Tem uma 'briga' para ver quem vai servir os camarotes do jogadores", diverte-se. O mais concorrido deles? "O do Valdivia, claro", conta.
O Palmeiras não tem ingerência sobre a cozinha do Allianz. Mas uma tradição do antigo Parque Antártica estará brevemente incorporado ao cardápio da arena: o sanduíche de pernil. "A torcida pede", explica Luciana, que promete, claro, uma versão sofisticada para atender também a turma do amendoim gourmet.
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