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Blatter se exime de culpa e diz que espera mais más notícias em breve

Do UOL, em São Paulo

28/05/2015 12h24

Presidente da Fifa, Joseph Blatter se eximiu de culpa na investigação do FBI que prendeu sete membros da principal organização de futebol por conta de um escândalo de corrupção. Durante a abertura do 65º congresso da Fifa, Blatter disse que os corruptos são a minoria e que espera mais notícias ruins nos próximos meses

"Eu sei que muitas pessoas me consideram o responsável pelos problemas de reputação da comunidade global do futebol, pelas corrupções envolvidas neste escândalo. Mas não podemos monitorar as pessoas o tempo todo. Não pode ter lugar para corrupção. Os próximos meses não serão nada fáceis para Fifa, outras más notícias podem acontecer, mas faremos de tudo para recuperar a confiança desta organização", discursou

"Vocês vão concordar comigo que este é um momento sem precedente, um momento muito difícil para Fifa. As ações de indivíduos trouxeram humilhação e vergonha para o futebol e exigem ações imediatas. Não podemos deixar que as ações da Fifa sejam levadas à lama. Isto precisa acabar agora", completou.

O evento começou com uma apresentadora fazendo um pequeno discurso e chamando para um número musical antes da exposição do principal cartola do futebol mundial. Depois da fala de Blatter, outras autoridades esportivas discursaram no evento, que será encerrado com as eleições para escolher o novo presidente da Fifa.

Pela manhã desta quinta-feira (28), o presidente da Fifa se ausentou do congresso médico por ter participado de uma reunião de emergência que visava tratar quais serão as medidas adotadas para amenizar a crise envolvendo a cúpula da federação. Blatter teria que fazer um discurso no evento, que foi cancelado.

"Ele tem de cumprir seus deveres, gerir esta situação, o que é mais importante", disse o médico chefe da Fifa Jirí Dvorák, ao anunciar a ausência do presidente.

O escândalo que envolve a Fifa aponta que o grupo de cartolas preso na Suíça estava envolvido em suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos. Entre os presos, está o ex-presidente e atual vice-presidente da CBF, José Maria Marin.