Em meio ao caos da Fifa, jornal italiano põe jogo da Copa-02 sob suspeita
No meio do maior escândalo da história do futebol, o jornal Corriere dello Sport levanta suspeitas sobre o jogo entre Itália e Coréia do Sul, na Copa do Mundo de 2002, que marcou a eliminação da seleção europeia. Na capa da sua edição desta sexta, a publicação fala em “Mundial orientado”.
“Você se lembra do árbitro Moreno? Confirmadas as suspeitas de favores para a Coréia em 2002”, escreveu o jornal na manchete de sua edição impressa, que irá para as bancas nesta sexta e por enquanto ainda não foi disponibilizada na internet. Por isso, ainda não é possível saber qual é o teor da denúncia do jornal.
O juiz em questão se chama Byron Moreno, é equatoriano e dirigia a partida das oitavas de final que marcou a eliminação da Itália contra os donos da casa na prorrogação. Antes dos coreanos fazerem 2 a 1, porém, a seleção européia havia marcado o "gol de ouro' com o volante Tommasi, mas a arbitragem anulou o lance de forma equivocada, apontando um impedimento inexistente. Além disso, a Itália também reclama até hoje da expulsão por simulação do meia Francesco Totti, astro do time.
O jogo é questionado até hoje por ter marcado uma derrota inesperada de uma geração que sonhava com o quarto título mundial que viria em 2006. Além do duelo contra a Itália, a Coréia do Sul também foi beneficiada por erros de arbitragem contra a Espanha, nas quartas, e foi eliminada somente pela vice-campeã Alemanha, já na semifinal.
Byron Moreno, à época, foi muito criticado pela má atuação no jogo. Nos dois anos posteriores, ele seria suspenso por 23 partidas por alterar resultados no futebol do seu país. Em 2010, já aposentado, ele foi preso em Nova York com seis quilos de heroína escondidos na cueca e chegou a passar 26 meses na prisão pela infração.
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