Filho de cartola admitiu que ganhou US$ 1,2 milhão com ingressos de 2 Copas
Daryan Warner, filho de Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, admitiu às autoridades que vendeu ingressos das Copas do Mundo de 2006 e 2010 de forma ilegal, obtendo lucro de pelo menos US$ 1,2 milhão. De acordo com a rede de TV americana ABCNews, o cartola foi pego pelas autoridades americanas em 2012 e desde então tem colaborado pelo programa de delação premiada.
A ABCNews teve acesso ao depoimento de Daryan Warner, que ajudou a deflagrar o escândalo da semana passada, quando 14 dirigentes foram indiciados e sete deles presos em Zurique, na Suíça. Entre os acusados está Jack Warner, que se entregou à Justiça de Trinidad e Tobago, passou 24 horas preso, pagou a fiança e agora aguarda em liberdade pelo processo de extradição aos EUA.
O depoimento fatídico de Daryan aconteceu em 2013, em Nova York. Na ocasião, ele revelou o esquema que permitia que ele obtivesse ingressos dos Mundiais para revendê-los no mercado negro. O funcionamento do sistema já havia sido revelado pela procuradoria do Estado de Nova York na semana passada.
A procuradoria-geral dos EUA estipula que os dirigentes tenham desviado US$ 150 milhões em propinas e subornos. Além de revenda ilegal de ingressos, o esquema envolve venda de direitos de TV de competições e compra de votos em eleições da Fifa.
Na última quarta, as autoridades americanas divulgaram o conteúdo do depoimento de Chuck Blazer, ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, que admitiu ter recebido dinheiro em duas votações para escolhas de sedes de Copas. Em 1998, tentou emplacar Marrocos e perdeu a disputa para a França. Já em 2010, em parceria com Jack Warner, conseguiu que a África do Sul vencesse a disputa.
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