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Juninho detona Eurico Miranda: 'Impediu um minuto de silêncio ao meu pai'

03 fev. 2014 - Juninho Pernambucano revelou bastante mágoa com o atual presidente do Vasco - Vanderlei Almeida/AFP
03 fev. 2014 - Juninho Pernambucano revelou bastante mágoa com o atual presidente do Vasco Imagem: Vanderlei Almeida/AFP

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/06/2015 14h37

A relação entre Juninho Pernambucano e Eurico Miranda, que já não era boa desde o final da década de 90 e início dos anos 2000, está longe de uma paz. Em entrevista ao site “Paixão Libertadores”, o ídolo do Vasco, que hoje é comentarista da TV Globo, demonstrou grande mágoa com o presidente cruzmaltino, e o principal motivo envolve a morte de seu pai, Antônio Augusto Ribeiro Reis, que faleceu em abril deste ano.

Logo após a fatalidade, cogitou-se a possibilidade de ser realizado um minuto de silêncio na semifinal do Campeonato Carioca entre Vasco e Flamengo. De acordo com Juninho, o Rubro-Negro não se opôs e o Cruzmaltino teria vetado.

“O Eurico proibiu um minuto de silêncio pelo falecimento do meu pai. O que eu posso cobrar quando chega nesse nível? Já chega, essa foi a gota d’água para mim. Meu pai era sócio do Vasco desde 1955, então, antes de qualquer dirigente desse chegar ao clube, o meu pai já estava lá aos domingos jogando sinuca e assistindo ao time jogar. Depois disso, pode fazer comigo ou com qualquer um, mas isso é uma falta de respeito muito grande. Por que meu pai não poderia ter um minuto de silêncio em um jogo em que o adversário tinha concordado? É assim que é o dirigente amador. É uma situação revoltante!”, reclamou.

Embora não tenha se furtado de demonstrar sua revolta com a situação, Juninho Pernambucano fez questão de reforçar que continua nutrindo carinho pelo clube onde fez história e foi bicampeão brasileiro e campeão da Libertadores.

“Só peço para não confundirem as coisas, tenho um enorme carinho pelo Vasco. Quando voltei da Europa, voltei para ajudar. Voltei sem ganhar nada e até hoje tenho dinheiro para receber porque atingi os meus objetivos. Foi o clube que me colocou na Seleção, me permitiu jogar no exterior e ganhar todos os títulos importantes por aqui”, frisou.

Por conta da relação estremecida entre o ex-jogador e Eurico Miranda, que começou após Juninho se desligar do clube na Justiça ao fim da Copa João Havelange de 2000, uma despedida oficial com a camisa do Vasco, algo desejado pelos torcedores, é pouco provável na gestão do dirigente.