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"Substituto" de Conca em 2011 custou caro e hoje vive no ostracismo no Flu

Mesmo treinando com o elenco, Martinuccio não tem tido chances no Fluminense - Nelson Perez/Fluminense FC
Mesmo treinando com o elenco, Martinuccio não tem tido chances no Fluminense Imagem: Nelson Perez/Fluminense FC

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/06/2015 06h00

Contratado com status de substituto de Conca em 2011, o meia Martinuccio decepcionou bastante nas Laranjeiras. O argentino assinou por quatro anos com alto salário - parte dele pago pela ex-parceira Unimed Rio, mas pouco jogou pelo Fluminense. Renegado, o apoiador deixará o clube no dia 18 de julho com apenas um gol no currículo apesar da longa duração do compromisso.

A última vez que Martinuccio disputou uma partida oficial foi justamente pelo Coritiba, adversário do Fluminense às 16h desta quinta-feira no Maracanã. No time paranaense, o meia ficou somente seis meses e fez seu último jogo em novembro, quando atuou por sete minutos no duelo com o Vitória, na 35ª rodada do último Campeonato Brasileiro. Ao todo, foram 15 aparições pelo rival do Tricolor nesta quinta, com dois gols.

Martinuccio chegou ao Fluminense com o status de substituto de Conca poucos dias após a primeira ida do argentino à China, em julho de 2011. Na ocasião, o ídolo tricolor havia acabado de liderar o time na conquista do título brasileiro no ano anterior. A comparação veio pelo prestígio do então novato pelas boas atuações no Peñarol e o alto custo envolvido na transação, inclusive com dura concorrência do Palmeiras. Mas a paciência acabaria já no fim daquele ano, quando ele foi emprestado ao Villarreal.

O meia praticamente não parou no clube nestes quatro anos de vínculo. Além do time paranaense e do Villarreal, clubes em que passou seis meses, Martinuccio defendeu o Cruzeiro por dois anos, único período em que teve relativo destaque.

Após rodar durante três anos, Martinuccio voltou às Laranjeiras no começo desta temporada. A permanência dele, no entanto, nunca esteve nos planos do Fluminense. Após passar por uma cirurgia, o meia chegou a volta a treinar com o elenco em março, mas em momento nenhum foi utilizado por Cristóvão Borges, Ricardo Drubscky ou Enderson Moreira em partidas oficiais.

O diagnóstico da diretoria do Fluminense é que o custo do jogador é alto demais para a atual realidade financeira do clube, além do rendimento técnico também não compensar. Por isso, ele apenas treina com o elenco tricolor, mas apenas até o encerramento de seu contrato, em julho.

A volta de Martinuccio, inclusive, ocorreu sem entrevistas ou apresentação para evitar ruídos neste final de vínculo. A despedida do argentino tem tudo para ser discreta, assim como sua passagem pelo clube.