Chile enfrenta mesma antipatia do Brasil em 2014, mas resolveu reclamar
A seleção chilena estreia na noite desta quinta-feira (11) na Copa América, contra o Equador, em partida pelo Grupo A. A anfitriã vive neste momento uma crise de falta de identificação com a própria torcida semelhante à da seleção brasileira antes da Copa do Mundo de 2014. No entanto, diferentemente dos atletas que foram comandados por Luiz Felipe Scolari, os chilenos resolveram reclamar.
Na última sexta-feira o Chile jogou em Rancagua contra a fraca seleção de El Salvador e venceu por apenas 1 a 0 - gol marcado por Jorge Valdivia, do Palmeiras. A apresentação ruim da seleção da casa, dirigida pelo argentino Jorge Sampaoli, não inspirou comemorações, e a atmosfera do estádio se fez silenciosa. Agora, Alexis Sánchez, atacante do Arsenal (ING), ex-Barcelona (ESP), que hoje é o principal jogador da seleção chilena, critica.
"No outro dia nem parecia que estávamos jogando no Chile. Fazia silêncio. Os jogadores se contagiam com o apoio das pessoas. No campo não somos 11, somos 12", falou, em entrevista coletiva. "Estou ansioso para que chegue logo quinta-feira para jogar contra o Equador, e que as pessoas nos apoiem do primeiro ao último minuto. Isso prejudica o adversário", completou.
O Brasil que também enfrentou vaias no último domingo, no amistoso contra o México, no Allianz Parque, em São Paulo, passou longo período antes de receber a Copa do Mundo convivendo com a mesma falta de simpatia em casa. Em abril de 2013, por exemplo, a seleção fez um amistosos contra o próprio Chile no Mineirão, em Belo Horizonte, empatou por 2 a 2 e saiu vaiada. A vaia havia virado um costume.
A Copa das Confederações chegou sob expectativa de recepção negativa da torcida, situação revertida pelo futebol da seleção brasileira, que resultou em título incontestável com vitória sobre a então campeã mundial Espanha, na final. Quando voltou a jogar no Brasil antes da Copa do Mundo, porém, o time de Felipão novamente foi criticada. Logo antes da estreia, em amistoso contra a Sérvia, em São Paulo, no Morumbi, a seleção foi mais uma vez vaiada. Fazia três dias que a seleção vencera o Panamá por 4 a 0 no Serra Dourada, em Goiânia, e também ouvira vaias.
A diferença entre Brasil e Chile ao enfrentarem antipatia das próprias torcidas enquanto anfitriões é a postura. Se Alexis Sánchez e o Chile enfrentam, o Brasil se calou. "Normal, apareceram em Goiânia também. Não foi problema nenhum para nossos jogadores. Estão todos preparados e sabedores de que vai haver discordâncias entre a torcida", falou Felipão, depois da vitória no Morumbi.
Chile e Equador abrem a Copa América 2015 em Santiago, no Estádio Nacional de Santiago, às 20h30 desta quinta-feira. A seleção brasileira joga ainda nesta quarta-feira, em Porto Alegre, contra Honduras, no último amistosos antes da estreia na competição, no domingo, contra o Peru.
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