Botafogo alega caos financeiro e tenta rescindir contrato de Marcelo Mattos
A crise financeira vivida do Botafogo não dá trégua. Mesmo com a boa campanha neste início de Série B, o clube precisará tomar medidas econômicas para manter os salários em dia. Uma delas já está em curso. Membros da diretoria se reuniram nesta sexta-feira com Carlos Leite para negociar a rescisão de contrato de Marcelo Mattos, volante empresariado pelo profissional.
O jogador recebe R$ 240 mil, o segundo maior salário do elenco, atrás apenas de Jefferson, aproximadamente R$ 400 mil. Neste cenário, o Alvinegro encontra problemas para manter os vencimentos em dia e vê a saída de Marcelo Mattos como uma alternativa para reduzir a folha salarial e voltar a respirar, mesmo que com a ajuda de aparelhos.
“Nos reunimos com o empresário do Marcelo Mattos e estamos buscando isso sim. O salário do jogador é maior do que o que podemos arcar neste momento e queremos evitar o que aconteceu em 2014. Queremos pagar em dia e estamos encontrando dificuldade em desbloquear dinheiro retido. Temos quase R$ 5,5 milhões que não conseguimos utilizar”, lamenta o presidente Carlos Eduardo Pereira ao UOL Esporte.
O Botafogo está confiante na possibilidade de um acordo, mas não prevê quando isso poderá, de fato, ocorrer. O clube ressalta o bom relacionamento com o empresário Carlos Leite e, claro, o respeito pela história de Marcelo Mattos com a camisa do Alvinegro. Além do volante, a medida poderá atingir outros atletas, embora essa seja uma hipótese remota.
Existe um teto salarial, próximo aos R$ 60 mil, onde todos os atletas contratados nesta temporada respeitam a quantia. As exceções ocorrem justamente com atletas com contratos longos, casos de Jefferson, Marcelo Mattos, Airton e outros mais. Após seis meses, o Botafogo não se nas condições de manter o volante no elenco e busca a rescisão.
Isso, no entanto, só ocorrerá com a realização de um acordo. O Botafogo descarta a possibilidade de simplesmente afastar o jogador e parar de pagar, como foi feito na administração passada após as demissões de Emerson Sheik, Bolívar, Edílson e Julio Cesar. Os quatro entraram com processo contra o Alvinegro, que terá que pagar ainda mais caro no futuro.
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