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Goteira, obra e sem água: Copa América sofre com improvisos na 1ª rodada

Guilherme Palenzuela e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Santiago e Temuco (Chile)

15/06/2015 09h00

O Chile bem que se esforça para realizar aquela que chama de "maior Copa América da história". Com um envolvimento muito grande de seu povo, enorme investimento e alguns dos melhores jogadores do mundo em campo, o torneio ganha dimensões bem maiores que o limite continental. Ainda assim, a organização está longe de ter o padrão desejado para o evento. Ao menos nesta primeira rodada.

Com um planejamento atrasado de infra-estrutura, os seis primeiros jogos foram palcos de muita improvisação e relativa desorganização. Em alguns estádios, como o Gérman Becker, em Temuco, chegou a faltar água para voluntários e colaboradores.

No mesmo local, membros da organização realizavam obras ao mesmo tempo em que a bola já rolava para a partida entre Brasil e Peru. Era possível observar membros da manutenção instalando sanitários em banheiros e luzes em áreas comuns do estádio.

Horas antes de a bola rolar, voluntários terminavam de montar a zona mista de entrevistas. Pedaços de madeira, furadeiras, martelos e pregos dividiam espaço com jornalistas e membros das comissões técnicas das seleções.

Na porta dos vestiários, adesivos eram colados para sinalizar onde os jogadores deveriam entrar. Na tribuna de imprensa, goteiras e ausência de energia em alguns pontos completavam o cenário ainda incompleto para receber o torneio.

Em Santiago, a organização da Copa América mostrou que nem o principal estádio do torneio - que abrigou abertura e no qual será disputada a final - está em plenas condições de receber um evento de grande porte. No estádio Nacional, houve filas que atrasaram a entrada do público no local - parte dos espectadores entrou durante ou depois da cerimônia de abertura - e muita desorganização.

Foram muitos os torcedores com dúvidas em relação às diversas entradas e não havia sinalização clara. Até a imprensa sofreu com a confusão. Uma escada de metal foi construída para que os profissionais acessem a tribuna de trabalho por área exclusiva, sem contato direto com o fluxo de torcedores. A escada, porém, tem quatro andares e exige esforço dos mais velhos.

Na saída da partida, a imprensa também fica impedida de caminhar até o centro de imprensa imediatamente após o apito final, uma vez que tem de encarar o fluxo contrário de torcedores que saem do estádio.​