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Polícia reúne provas e indiciará Bernardo por agressão e vazamento de vídeo

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/06/2015 18h37

Após receber um laudo do exame de corpo de delito, a delegada Adriana Belém, da 42ª DP (Recreio), informou que irá indiciar o meia Bernardo, do Vasco, por lesão corporal à ex-namorada Patrícia Mello. O jogador também responderá pelo vazamento de um vídeo onde o casal aparece fazendo sexo.

“O exame de corpo de delito foi positivado. Inclusive ele também vai ser indiciado pela gravação de uma mídia que me foi encaminhada pela Patrícia, em que ele confessa que mandou o vídeo para um amigo”, disse ao UOL Esporte a delegada Adriana Belém.

A reportagem teve acesso ao áudio (ouça-o no fim da matéria), onde Bernardo tenta se explicar:

"Eu estava bebendo. Eu ia manda outra parada para ele, amor. Eu te falei, cara. Foi sem querer, cara. Pela amor de Deus...".

Em outra mídia, ele se desculpa:

"Tudo bem...Eu pequei...". 

De acordo com a delegada, o caso será encaminhado ao Ministério Público e será feita uma denúncia ao Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A 37ª DP (Ilha do Governardor) também será comunicada, já que Bernardo havia feito um registro de ocorrência se colocando como vítima do vazamento do vídeo. Caso seja comprovado seu falso testemunho, ele poderá pegar uma pena de dois a quatro anos de reclusão somente por esta infração.

Patrícia Mello concedeu seu depoimento na 42ª DP nesta quinta-feira por volta das 14h. Ela esteve na companhia da mãe. Já Bernardo compareceu à delegacia no dia anterior na presença de seu advogado e negou todas as acusações, se limitando a dizer aos jornalistas que estava focado em cuidar da sua parte física para retornar ao Vasco, onde cumpre suspensão contratual de 20 dias.

No registro de ocorrência feito pela jovem dia 3 de junho, ela relata ter sofrido chutes, puxões e um tapa na cara, além de ouvir ameaças de morte. Por meio de um aplicativo pelo celular, ela também recebeu fotos onde Bernardo insinua um suicídio com uma faca.

A Lei Maria da Penha prevê pena mímina de três meses e máxima de três anos.