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Chileno pode ficar fora da Copa América por "provocação" a Cavani

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Santiago (Chile)

25/06/2015 16h14

Gonzalo Jara será julgado pelo Comitê Disciplinar da Conmebol pela provocação que provocou a expulsão do uruguaio Edinson Cavani. A “provocação” que desestabilizou o atacante adversário pode tirar o zagueiro chileno do restante da Copa América, de acordo com o código da entidade.

“Será aberto um expediente. Aconteceu à noite, estão trabalhando agora para passar ao tribunal. Amanhã (sexta-feira) saberemos”, disse o boliviano Alberto Lozada, membro do Comitê Disciplinar da Conmebol, à AP. A reportagem apurou que os dirigentes esperam a súmula do jogo para definirem o assunto.

Jara provocou a expulsão de Cavani ao colocar a mão nas partes íntimas do uruguaio, que se irritou com o gesto e acertou um tapa no chileno. O árbitro do jogo, o brasileiro Sandro Meira Ricci, viu apenas a reação do atacante e o expulsou. A imagem da confusão, porém, mostra claramente que o movimento de Jara inicia a briga, só que o juiz não viu. Segundo a Comissão de Arbitragem e a organização da Copa América, Sandro Meira Ricci não foi afastado e continua disponível para a competição. 

O julgamento terá o colombiano Orlando Morales e o boliviano Alberto Louzada como juízes – o brasileiro Caio Rocha (pela nacionalidade do juiz), o uruguaio Adrian Leiza e o chileno Carlos Tapia ficarão de fora para evitar conflito de interesses. 

O código disciplinar da Conmebol prevê punição de pelo menos um jogo caso o ato de Jara seja enquadrado na categoria “conduta antidesportiva”. Se for considerado um “menosprezo grave”, o gancho pode subir para cinco partidas, o que tiraria o zagueiro chileno do restante da Copa América.

A dúvida se dá por conta da redação do Código Disciplinar, que não prevê pena específica para provocação nas partes íntimas. O texto define, porém, que o atleta que cuspir no adversário pega seis jogos.

Consultada pelo UOL Esporte, a Federação Chilena de Futebol, por meio de sua assessoria, disse não estar sabendo do processo.