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Cinco casos mostram o quanto é difícil ser centroavante do Grêmio

Barcos e Moreno (atrás) tentaram, mas por motivos diversos não tiveram sucesso - Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio
Barcos e Moreno (atrás) tentaram, mas por motivos diversos não tiveram sucesso Imagem: Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio

Do UOL, em São Paulo

29/07/2015 06h00

O Grêmio apresentou na terça-feira o segundo centroavante contratado neste ano. Bobô chegou após rescisão com o Kaiseryspor, da Turquia. E de cara já sabe que não terá vida fácil. Uma série de fatores com exemplos no passado recente do clube mostram o quando é difícil fazer história como comandante de ataque do Grêmio. Mais de uma vez jogadores que poderiam ser lembrados por feitos ainda maiores acabaram tendo trajetória interrompida. Comum entre eles, as posições de ataque. 
 
1) Quando fazer gols (e muitos) não é o suficiente
Jonas é um exemplo claro de que fazer gols não é o bastante no Grêmio. O atacante que hoje defende o Benfica, de Portugal, foi goleador do time por duas temporadas seguidas, enfileirou recordes a cada ano, mas nem assim evitou de ter seu último jogo marcado por um conflito com os torcedores. Foi vaiado, e acabou batendo de frente com os aficionados. Xingou de volta, gesticulou e chutou uma bola em direção às arquibancadas do Olímpico. Virou um jogo para o Grêmio, mas não escapou das críticas. 
 
2) Agradar os torcedores é difícil
A primeira temporada de Barcos foi ruim. Mas na segunda, o Pirata foi artilheiro do time. E nem assim escapou de conflitos com torcedores. Levou ‘pressão’ após a queda na Libertadores, foi ameaçado, deixou campo vaiado e quando foi vendido não houve comoção dos aficionados. Tentou, mas não conseguiu criar a idolatria pretendida em sua chegada. 
 
3) Quando o problema é a direção
André Lima contava com apoio incondicional da torcida. Diferente de Jonas e Barcos, jamais deixou campo vaiado. Pelo contrário, o ‘Guerreiro Imortal’ tinha total apreço dos aficionados. Mas o mesmo não valia na relação com a direção do clube. O então diretor de futebol, Paulo Pelaipe, tentou negociar o camisa 99 desde sua volta ao clube. Não conseguiu. Mas na sequência, o comando capitaneado pelo presidente Fábio Koff o liberou para o Bejing Guoan, da China. 
 
4) Se tudo parece bem, o técnico atrapalha
Marcelo Moreno tem um caso peculiar. Apoio da torcida, bom futebol, reconhecimento da direção, mas... Esbarrou na preferência do técnico. Vanderlei Luxemburgo foi o responsável por ‘empurrar’ o boliviano para fora do clube. Artilheiro da temporada 2012, o comandante tratou de indicar Willian José no ano seguinte e facilitou a ida de Moreno para o Flamengo. Depois de dois empréstimos, ele seria aproveitado em 2015, mas acabou vendido. 
 
5) Às vezes o problema é a bola
Neste ano, depois das vendas de Barcos e Moreno, o Grêmio resolveu investir em outro comandante de ataque. As fichas foram apostadas em Braian Rodriguez. Mas antes mesmo de ‘testar’ a recepção da torcida, da direção ou do comando, o jogador esbarrou em um problema fundamental: a bola. O rendimento aquém do esperado, a falta de gols, as chances perdidas, tudo isso tratou de ‘esfriar’ o uruguaio sem interferência externa.