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Procuradora-geral dos EUA avisa que mais dirigentes deverão ser presos

José Maria Marin, ex-presidente da CBF, está detido em Zurique desde 27 de maio - Marcus Brandt-3.dez.2013/EFE
José Maria Marin, ex-presidente da CBF, está detido em Zurique desde 27 de maio Imagem: Marcus Brandt-3.dez.2013/EFE

João Henrique Marques

Do UOL, em Zurique (Suíça)

14/09/2015 11h09

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, informou nesta segunda-feira (14), em Zurique, que as Justiças norte-americana e suíça estão próximas de efetuar novas prisões de dirigentes da Fifa. Em maio, sete cartolas foram detidos, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

De acordo com a procuradora-geral, 121 contas suspeitas e envolvendo dirigentes estão sendo investigadas na Suíça.

Lynch reforça que foram coletadas informações substanciais que comprovariam corrupção na Fifa, mas não divulgou os nomes das pessoas que estão sendo investigadas.

"Não podemos confirmar nomes de pessoas ou entidades para não prejudicar as investigações. As investigações se expandiram desde maio", disse Lynch durante Congresso Internacional das Procuradorias, em Zurique, nesta segunda.

"Com base na cooperação (com autoridades suíças) e novas evidências, antevemos acusações adicionais contra indivíduos e entidade", complementou.

Destino de Marin

A Justiça dos Estados Unidos e da Suíça estão próximas de definir o destino de José Maria Marin, preso em Zurique desde 27 de maio. Advogado de Marin, Paulo Peixoto chegou à Suíça nesta segunda-feira. A decisão se Marin será extraditado aos EUA deverá ser publicada até terça-feira na página oficial da Justiça suíça.

Paulo Peixoto deve comparecer à prisão na quarta-feira para conversar com Marin.

Conforme apurou o blogueiro do UOL Esporte Ricardo Perrone, a defesa de Marin já trabalha com a possibilidade de o dirigente ser extraditado.

Caso seja confirmada a extradição, a expectativa da defesa é que Marin fique no máximo semanas em regime fechado para depois ser encaminhado para prisão domiciliar enquanto dura o processo, o que já acontece com o empresário J.Hawilla. Marin teria de negociar multa milionária para sair do regime fechado.