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Marin rejeita delação premiada e negocia fiança milionária, diz jornal

Justiça dos EUA quer Marin colabore repassando informações sobre contratos suspeitos - Buda Mendes/Getty Images
Justiça dos EUA quer Marin colabore repassando informações sobre contratos suspeitos Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

16/09/2015 07h46

Preso desde 27 de maio, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin não está disposto a colaborar com a investigação coordenada pelo FBI. A Informação é do jornal O Estado de S. Paulo. A postura do dirigente vai na contramão do pretendido pela Justiça dos Estados Unidos.

Em vias de ser extraditado para a América do Norte, Marin negocia fiança milionária para trocar o regime fechado por prisão domiciliar. Ele possui residência em Nova York.

Desde que foi detido em Zurique, Marin permanece em silêncio. Ele se recusa a comentar seu passado à frente da CBF para as autoridades suíças; Marin também avisou, por meio de seus advogados, que não prestará depoimento à CPI do Futebol, que investiga a CBF.   

O FBI quer que Marin tenha função semelhante a de José Hawilla (empresário proprietário da Traffic), que aceitou delação premiada, além de aceitar pagar multa de US$ 151 milhões (R$ 582 milhões na cotação atual). Em troca, Hawilla evitou de ser preso nos EUA e ganhou liberdade assistida.

Com bases em depoimentos de Hawilla, a Justiça norte-americana investigou esquemas ilegais em contratos televisivos de torneios nas Américas, que envolviam Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. Dos três, Marin foi o único detido.

Antes contrária à ida de Marin para os Estados Unidos, a defesa do cartola já trabalha com a possibilidade de extradição. De acordo com o blogueiro do UOL Esporte Ricardo Perrone, o anúncio da extradição deverá ocorrer a partir do dia 22 de setembro.

Caso seja confirmada a extradição, a expectativa da defesa é que Marin fique no máximo semanas em regime fechado para depois ser encaminhado para prisão domiciliar enquanto dura o processo, o que já acontece com o empresário J.Hawilla. Marin teria de negociar multa milionária para sair do regime fechado.