Argentinos se irritam com protesto e agridem fãs. Até ex-Inter se envolveu

Eliminação de uma competição internacional e protesto de torcedores com faixas em um treinamento do time. A cena descrita não é anormal no futebol brasileiro. Mas o fim de tal ação de uma organizada na Argentina é. Após o Belgrano cair no meio de semana da Sul-Americana com goleada sofrida para o Lanús por 5 a 1, torcedores foram neste sábado ao treino do time protestar com ofensas aos jogadores. Só não contavam com a atitude tomada pelos atletas, que agrediram os manifestantes.

De acordo com o diário Olé, o grupo organizado Los Pibes de Siempre estendeu no alambrado atrás de um dos gols uma faixa com a frase: “Jugadores: se puedem ir a la gran concha de su madre” (algo como “Jogadores: podem ir para a p.q.p.”).

A ação, somada a xingamentos dos torcedores, irritou os atletas. Primeiro, foi Juan Carlos Olave, goleiro experiente de 39 anos e um dos símbolos do time, quem se dirigiu ao alambrado para argumentar com a torcida. Na sequência, o resto da equipe foi para o local e o clima esquentou.

Houve discussão entre torcedores e jogadores, até que o portão que separava os lados antagonistas foi aberto. O contato direto bastou para o tumulto aumentar, enquanto o treinador da equipe, Ricardo Zielinski, tentava acalmar os ânimos. Não adiantou.

Um dos mais irritados era Gastón Turus, zagueiro, que acertou um torcedor. Outro que se mostrou enlouquecido foi Cristian Lema. No meio da confusão, Mario Bolatti, com passagens no futebol nacional por Inter e Botafogo, tentava apartar a briga, que continuou com muitos empurrões até a chegada da polícia. Só então os jogadores retornaram ao treinamento para se preparar para o duelo contra o Atlético Rafaela, pelo Argentino.