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Por Libertadores, Santos deve trocar política do bom e barato por medalhões

O zagueiro Henrique seria uma das opções para reforçar o elenco na próxima temporada - Gazeta Press
O zagueiro Henrique seria uma das opções para reforçar o elenco na próxima temporada Imagem: Gazeta Press

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

16/10/2015 06h00

A política do “bom e barato” que deu certo no Santos nesta temporada pode ser abandonada em 2016. O UOL Esporte apurou que a diretoria santista deve investir na contratação de “medalhões” caso o time de Dorival Júnior e companhia se classifique para a Copa Libertadores da América.

A equipe santista pode chegar a competição continental por dois caminhos – Campeonato Brasileiro, onde figura na quarta colocação, e Copa do Brasil, torneio em que a equipe santista inicia a disputa das semifinais contra o São Paulo na próxima semana. 

Caso não dispute a Libertadores no próximo ano, a política de contratações mais modestas será mantida. Diretoria e Dorival se reúnem toda a semana para discutir os nomes. A prioridade é contratação de um zagueiro, além de dois atacantes – um para substituir Ricardo Oliveira em alguns jogos e outro de velocidade, que atue dos lados do campo.

Os atacantes Leandro, Neto Berola e Nilson, que dividem essas funções, não foram aprovados até o momento e tudo indica que eles devem ser devolvidos aos seus respectivos clubes após o fim do empréstimo no final deste ano.

Ex-palmeirense já foi oferecido

Recentemente, o zagueiro Henrique, ex-Palmeiras e que atua no Napoli, da Itália, foi oferecido ao Santos. Outro defensor conhecido do futebol paulista, mas com o nome mantido em sigilo, também está na mira da diretoria santista.

Dorival já havia sugerido a contratação de Henrique poucos dias depois de sua chegada ao clube e ficou animado ao saber que o atleta pretende voltar ao futebol brasileiro. No entanto, a negociação é complicada devido aos valores financeiros.

Após uma primeira conversa com intermediários, a cúpula alvinegra considerou inviável a contratação. Henrique tem contrato com o clube italiano até o fim de 2017, mas o atleta quer retornar ao futebol brasileiro pois amarga a reserva no Napoli.

Para contratar o jogador, o Santos teria que convencer os italianos a emprestarem o jogador gratuitamente e ainda bancarem 50% do ordenado.

Como foi em 2015

Nesta temporada, a diretoria santista apostou na política "custo zero" para contratar reforços. Ricardo Oliveira, artilheiro do time na temporada, encabeça a lista. Foram doze jogadores contratados nestes moldes – Vanderlei, Chiquinho, Werley, Valencia, Marquinhos Gabriel, Rafael Longuine, Marquinhos, Elano, Nilson, Neto Berola, Ricardo Oliveira e Leandro. Tanto para contratar em definitivo ou por empréstimo, o clube paulista não desembolsou nenhum valor pelos atletas. Só paga os salários. 

Entre os jogadores emprestados, casos de Marquinhos Gabriel, Werley, Marquinhos e Neto Berola, o Santos ainda priorizou duas cláusulas no contrato – prioridade de compra em definitivo, com valor fixado, e taxa de vitrine.

O atacante Leandro, do Palmeiras, é o único reforço contratado sem a opção de compra. O empréstimo do atleta possui apenas a taxa de vitrine.

Na maioria dos contratos, a taxa de vitrine prevê entre 30% e 40% sobre os direitos econômicos dos jogadores. Caso algum atleta seja vendido durante a vigência do contrato, o Santos tem direito a porcentagem em cima do valor total da negociação.