Topo

O dia em que CR7 saiu na mão com Van Nistelrooy nos tempos de United

CR7 e Nistelrooy se cumprimentam em 2004, dois anos antes de brigarem - Alex Livesey/Getty Images
CR7 e Nistelrooy se cumprimentam em 2004, dois anos antes de brigarem Imagem: Alex Livesey/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/10/2015 06h00

Times cheios de estrelas lidam frequentemente com problemas de relacionamento. E quando entre as estrelas estão nomes como Cristiano Ronaldo e Van Nistelrooy a regra não costuma falhar. A dupla de atacantes protagonizou uma das brigas mais emblemáticas do Manchester United nos anos 2000. Houve empurrões, provocação e até lágrimas. E, acredite, quem chorou foi Cristiano Ronaldo.

O português estava em ascensão e era visto como um grande jogador, mas ainda era um garoto. Aos 21 anos, não desfrutava do status que tem hoje. Nistelrooy, por sua vez, vinha de ótimas temporadas pelo Manchester e era uma estrela no auge da carreira. Nesse cenário, em 2006, o holandês viu em CR7 um atacante “fominha” que não passava a bola como ele desejava.

“Van Nistelrooy dizia: ‘Eu nunca sei quando ele vai tocar a bola. Como posso me desmarcar e dar minhas arrancadas? Pareço um idiota’”, relatou Rio Ferdinand, um dos líderes da equipe naquela época. Segundo ele, a irritação do holandês crescia a cada partida ao lado de Cristiano Ronaldo.

Foi no primeiro semestre de 2006 que essa “bomba” explodiu. Em um treino, Nistelrooy se irritou mais uma vez com Cristiano Ronaldo e o cobrou por não tocar a bola. Começou uma discussão, e ambos trocaram agressões, segundo os jornais The Sun e The Guardian noticiaram na época.

Jogadores e comissão técnica correram para separar os dois. Foi quando Nistelrooy, ao ver Cristiano Ronaldo ser segurado por seu compatriota Carlos Queiroz, então auxiliar do técnico Alex Ferguson, disparou uma provocação: “Sim, sim, agora vai correndo para seu papaizinho”, referindo-se a Queiroz.

“Não tenho pai. Ele já morreu”, respondeu Cristiano Ronaldo, cujo pai havia morrido poucos meses antes, no fim de 2005. O português, então, começou a chorar e foi para o vestiário. Nistelrooy recusou-se a pedir desculpas na oportunidade.

Os dois jogadores admitiram a discussão, mas negaram a gravidade do caso. Nistelrooy chegou a ser afastado do time e ao fim da temporada deixou o Manchester, acertando com o Real Madrid. CR7 não parou de crescer no Manchester. Três anos depois eles se tornaram novamente companheiros na equipe espanhola, mas a briga ficou no passado.