Platini: 'Eu ainda sou o melhor homem para comandar a Fifa'

Michel Platini oficializou sua candidatura à Fifa, mas não sabe se poderá concorrer ao principal cargo da entidade. Suspenso até janeiro de qualquer ação ligada ao futebol, o dirigente se diz confiante quanto à possibilidade de vencer as eleições marcadas para fevereiro. Ao jornal The Telegraph, Platini diz que seu afastamento é absurdo e se considera o mais capaz para comandar a Fifa.

“Eu ainda sou o melhor homem para comandar a Fifa”, gaba-se.

Platini concorre com outros seis candidatos. A validade de sua candidatura será avaliada e definida pelo comitê de ética da Fifa até o começo de 2016. Platini diz ser alvo de complô na Fifa para barrar sua campanha.

“As pessoas querem me impedir porque sabem que eu tenho todas as chances de vencer. Eu tenho a impressão que eles não querem ver um ex-jogador à frente da Fifa. Mas eu sou o único que tenho 360 graus de visão no futebol. Eu fui jogador, técnico de time na França, diretor de clube no Nancy, organizador de Copa do Mundo [em 98] e chefe da mais forte confederação [Uefa]”, complementa.

O dirigente foi afastado do quadro da Fifa e da Uefa por solicitação do comitê de ética da Fifa. Ele é investigado por receber 2 milhões de francos das mãos de Joseph Blatter.

O pagamento foi feito em 2011, nove anos depois dos serviços prestados por Platini ao mandatário da Fifa e três meses da eleição presidencial.

Platini reitera inocência, destacando que a operação financeira foi legal.

“para ser claro: isso ocorreu de um serviço prestado? Sim. Foi um contrato oral permitido na Suíça? Sim. Eu deveria ter direito a reclamar por um trabalho nove anos depois? Sim. Eu apresentei uma fatura correta da Fifa? Sim. Foi declarado o dinheiro para o fisco? Sim”, justificou.

“A Fifa tinha o direito, depois de cinco anos, de não me pagar [prescreveria o prazo]. Mas eles decidiram por respeito me pagar em um acordo perfeitamente válido”, defendeu-se.