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Campeão com Boca, ex-corintiano é exaltado na Argentina: “Usina de futebol”

Juan Ignacio Roncoroni/EFE
Imagem: Juan Ignacio Roncoroni/EFE

Do UOL, em São Paulo

05/11/2015 14h18

Nicolás Lodeiro, meia com passagens por Botafogo e Corinthians, foi um dos protagonistas do título do Boca Juniors na Copa Argentina, conquistado na noite de ontem diante do Rosario Central. O gol anotado em uma cobrança de pênalti contestada pelos rivais foi encarado como a cereja do bolo em um ano perfeito para o uruguaio.

Logo após levantar o segundo troféu em quatro dias – o Boca faturou o Campeonato Argentino no último domingo –, Lodeiro recebeu uma série de elogios da imprensa argentina. Para o Olé, principal diário esportivo do país, o técnico Rodolfo Arruabarrena encontrou no uruguaio uma "usina de futebol com toque de potência e verticalidade". O jornal ainda celebrou o entrosamento do meia, utilizado em 17 das 21 partidas do Boca no torneio, com Tévez, astro da equipe e ídolo da torcida xeneize.

Segundo o ex-corintiano, os troféus são um prêmio para uma equipe que se sacrificou ao longo do ano. "Este grupo merece isso. Sempre mostramos muita vontade para trabalhar. Quietos, com trabalho e humildade, chegamos lá. Disseram muitas coisas sobre nosso time e aqui estamos".

No início da temporada, um mês após acertar sua transferência para o Boca, Lodeiro, em entrevista à imprensa argentina, afirmou que não tinha dúvidas de que o clube portenho é mais importante que o Corinthians, onde foi pouco aproveitado. "Boca é um dos maiores do mundo. E não digo para ficar bem. No Uruguai, sempre vemos o futebol argentino e sabemos que Boca ganhou tudo. Jogar na Bombonera é especial, qualquer jogador pode te dizer. Parece uma frase feita, mas Boca é Boca, é muito importante. Eu estava no Corinthians, mas o Boca é maior. Não tenho dúvidas", disse ao jornal Clarin no fim de fevereiro.

De acordo com Lodeiro, seu crescimento dentro dos gramados pode ser atribuído ao fato de ter readquirido na Argentina a confiança e a alegria de jogar futebol. "[No Brasil] Eu não me irritava tanto quando perdia, via o futebol de outra maneira, não me divertia. Quando cheguei no Boca, recuperei o que me faltava: me divertir e aproveitar o futebol. Quando você adquire uma rotina, isso cansa. No Boca, eu aproveito e sinto que faço realmente o que gosto. Foi uma aposta grande que eu fiz ao vir para o Boca [forçou sua saída do Corinthians]”, declarou à revista El Gráfico, que trata o meio-campista como um jogador “criativo, que simplifica o jogo, seja com uma pincelada ou um movimento supreendente com a bola”.