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Muricy, Oswaldo ou estrangeiro? Fla está dividido sobre técnico para 2016

O técnico Muricy Ramalho é o desejo de um grupo cada vez maior no Rubro-negro - Alexandre Schneider/Getty Images
O técnico Muricy Ramalho é o desejo de um grupo cada vez maior no Rubro-negro Imagem: Alexandre Schneider/Getty Images

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/11/2015 06h00

Um clube dividido. Assim encontra-se o Flamengo no que se refere ao comando técnico para 2016. Integrantes da gestão Bandeira de Mello têm opiniões distintas e cada qual tenta convencer o presidente sobre o treinador que considera ideal para reconstruir o futebol rubro-negro. O fato de Muricy Ramalho ter se colocado à disposição para voltar a trabalhar mexeu com os bastidores da Gávea e aguçou ainda mais a diretoria.

As figuras envolvidas nas decisões do clube não escondem as dúvidas e a discussão deve se arrastar até depois do encerramento do Brasileirão. O presidente Bandeira tem preferência pela manutenção do técnico Oswaldo de Oliveira, porém, sofre pressão dos pares. Estes praticamente exigem a troca no comando por considerarem o atual treinador incapaz de promover a reformulação desejada no departamento.

Como Bandeira de Mello cedeu em outras ocasiões - as demissões de Vanderlei Luxemburgo e Cristóvão Borges foram as mais recentes -, algumas correntes da diretoria até fazem contatos com outros profissionais. O vice de planejamento Flávio Godinho e o vice de gabinete da presidência Plínio Serpa Pinto são dirigentes envolvidos nas negociações do futebol.

Os elogios públicos de Muricy à gestão rubro-negra empolgaram boa parte dos cartolas e a contratação do comandante passou a ser tratada como "questão de honra" pelos que defendem a demissão de Oswaldo. Os que pregam a mudança sustentam o argumento de que o Flamengo não pode deixar passar a oportunidade de contar com um profissional quatro vezes campeão brasileiro e também com uma Copa Libertadores no currículo.

Enquanto o presidente defende Oswaldo e um grupo cada vez maior sonha com a chegada de Muricy, uma terceira vertente mantém a obsessão pela contratação de um técnico estrangeiro.

Nomes como os dos argentinos Marcelo Bielsa e Alejandro Sabella, além do uruguaio Diego Aguirre, são considerados modelos em torno do que os dirigentes rubro-negros pretendem implantar. Tudo vai depender da convicção do presidente e dos resultados obtidos por Oswaldo de Oliveira. Inclusive, o treinador tem participado das reuniões sobre a próxima temporada mesmo sem saber se comandará o Rubro-negro em 2016.