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Edilson, Túlio, Marcelinho e Amaral no mesmo time em 2015? Sim, é possível

A seleção brasileira de futebol master reúne craques em jogos de exibição pelo Brasil - Facebook/Reprodução
A seleção brasileira de futebol master reúne craques em jogos de exibição pelo Brasil Imagem: Facebook/Reprodução

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/11/2015 06h00

O tempo passou, mas uma equipe ainda é capaz de reunir ídolos dos anos 90 do futebol brasileiro em campo. Criada há seis anos, a Seleção Brasileira de Master consegue juntar jogadores como Edilson Capetinha, Marcelinho Carioca, Amaral e Túlio Maravilha, entre muitos outros, para amistosos de exibição pelo Brasil em pleno 2015.

O projeto começou em 2009, quando o atual treinador e coordenador da equipe, Antônio Lucas, se uniu ao ex-zagueiro do Santos e da seleção brasileira Toninho Carlos para dar prosseguimento ao time de exibição organizado pelo narrador Luciano do Valle, mas que na época estava em segundo plano. Os dois deram nova vida a ideia e fundaram a empresa que hoje administra o selecionado.

“Observamos que o pessoal gostou da ideia de uma coisa mais sólida, mais consistente e profissional. Patenteamos e registramos a marca e hoje atuamos com o conhecimento da CBF”, conta Antônio Lucas. “Já viajamos quase todo o Brasil. Em maio, fomos a Nigéria, Angola e Londres, em maio. Daí para frente passei a ter contatos de vários países querendo nos contratar, aqui no Brasil estamos trabalhando uma média de dois jogos por semana”, completou.

O início da nova fase da seleção máster teve uma ajudinha familiar. Antônio Lucas era amigo do pai de Silvia Vinhas, ex-mulher de Luciano do Valle. Foi assim que os dois se conheceram e o atual técnico da equipe se tornou até mesmo padrinho do casamento do falecido locutor esportivo.

O projeto funciona de uma forma simples. Os interessados em realizar jogos de exibição podem escolher que atletas querem em seu evento, e o valor total cobrado varia de acordo com o peso dos nomes. Edilson e Rivaldo, por exemplo, têm cachês de cerca de R$ 12 mil por jogo. Outros, menos conhecidos, ganham em torno de R$ 800. O “catálogo” da seleção tem por volta de 50 jogadores que fizeram no passado.

A lista de atletas que já participam ou já participaram do projeto inclui jogadores consagrados como Mauro Galvão, Dodô, Adílio, Sávio, Denilson, Vampeta, Junior, Aldair, todos eles com passagens pela seleção brasileira. Mesmo tendo que lidar com tantos craques, Antônio Lucas diz que nunca teve trabalho tão fácil como treinador.

“Sou treinador profissional há 30 anos. Trabalhei em grandes times, na base do Santos, por exemplo. E estou muito mais satisfeito com esses astros mundiais que com os que estão começando. São muito fáceis de trabalhar, entendem a nossa linguagem. Dá a camisa e não precisa nem se preocupar. A prova disso que não perdemos nenhum jogo até hoje”, se orgulha o técnico.

E os jogos não param: neste sábado, a seleção brasileira máster se apresenta em Itajaí-SC, onde enfrenta estrelas do passado do Marcilio Dias. Fora do campo, o trabalho é para auxiliar ex-jogadores em dificuldade, com a Casa do Atleta, em São Paulo. Lá, eles recebem ajuda para voltarem a ter uma vida digna de quem fez a alegria dos torcedores na juventude.