Jogadores do Inter pegam cinco meses de gancho por uso de diuréticos

Nilton e Wellington estão suspensos por mais quatro meses. A 4ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julgou os casos nesta sexta-feira (4) e definiu a pena da dupla do Internacional após uma audiência de mais de seis horas. A decisão cabe recurso e pode ser levada ao Pleno do Tribunal.

Os três auditores votaram por uma pena de cinco meses, mas com aplicação retroativa. Ou seja, já contando o período de suspensão preventiva anunciado pelo STJD após o resultado da contraprova. A Procuradoria havia pedido gancho de quatro anos aos dois. A Comissão entendeu que houve negligência por parte da dupla, mas não tomou o ato como intencional e viu o pedido da Procuradoria como exagerado.

Em depoimento no tribunal, os dois afirmaram que tomaram um suplemento por decisão particular. Sob orientação da esposa de Nilton, que é formada em educação física. Wellington chegou a afirmar que nunca comprou o produto, indicando ter recebido uma quantia do colega de clube. Apesar de não envolver o Colorado, o Inter ajudou na defesa.

A defesa do Internacional usou laudos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) para afirmar que o suplemento utilizado pela dupla estava contaminado com a substância proibida. Além de reforçar a versão de que o consumo foi por conta de uma dieta fora do clube. Um procedimento caseiro.

Além dos jogadores, a ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) e a Comissão do Controle de Dopagem da CBF participaram da audiência. O presidente da CCD prestou depoimento, revelou ter oferecido palestra sobre dopagem e uso de suplementos e que a mesma foi negada pelo clube.

Os jogadores testaram positivo para as substâncias diuréticas hidrochlorothiazide e chlorothiazide, que estão na lista de diuréticos e agentes mascarantes proibidos pelo Regulamento de Controle de Doping da CBF e pela WADA (Agência Mundial Antidoping).