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Aidar diz que Juvenal 'era cria sua' e lamenta morte: "Não era um inimigo"

Mobral para Andrés, soco em Aidar e "Arapuca"; frases de Juvenal Juvêncio

UOL Esporte

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

09/12/2015 14h16

Carlos Miguel Aidar e Juvenal Juvêncio protagonizaram uma das principais polêmicas do futebol brasileiro nos últimos anos. O primeiro sucedeu o segundo na presidência do São Paulo em 2014; antes aliados, os dois rapidamente passaram a trocar farpas e acusações públicas.

No entanto, Aidar não via o antecessor como um inimigo. Em suas palavras, Juvenal era “cria” sua na cúpula da equipe tricolor.

“Quando eu o introduzi no São Paulo em 1984, ele, o Leco (Carlos Augusto de Barros e Silva), o Kalil (Rocha Abdalla) e o Marcelo Portugal (Gouvêa) eram desconhecidos no São Paulo. Eu levei o Juvenal para o futebol, o Marcelo para o administrativo, o Kalil para o jurídico e o Leco para a secretaria. Os quatro são crias minhas; então, a lembrança mais marcante foi eu que levei o Juvenal para dentro do São Paulo”, assegurou em entrevista ao UOL Esporte.

Em 1984, durante a primeira gestão de Carlos Miguel Aidar, Juvenal Juvêncio assumiu um cargo na diretoria da equipe. Em 1988, Juvenal assumiu a presidência pela primeira vez, sucedendo o próprio Aidar. Entre 2002 e 2006, o cargo foi ocupado por Marcelo Portugal Gouvêa, que tinha Juvenal como um de seus diretores.

Juvenal sucedeu Gouvêa em 2006 e se relegeu em 2008 e 2011. Em abril de 2014, escolheu Aidar para sucedê-lo em eleição. Quatro meses após a eleição, Juvenal – então na diretoria de futebol de base – foi destituído por Aidar, criando um racha político. O argumento: o então presidente alegava ter descoberto que o antecessor deixara o clube com uma dívida maior do que divulgada. Em outubro de 2015, envolvido em denúncias, Aidar renunciou à presidência.

Hoje, adotou um tom ameno para falar do ex-presidente, vítima de um câncer na próstata. “Eu lamento muito a morte do Juvenal. Foi um lutador bravo com esta doença terrível”, disse Aidar. “Sinto a morte porque, independentemente da adversidade política, eu não o considerava um inimigo pessoal, apenas um adversário nos últimos meses. Eu espero que Deus o acolha no céu, que é tudo que eu desejo a ele”, completou.