Santa Fe bate Huracán nos pênaltis e conquista título da Copa Sul-Americana
O Independiente Santa Fe, time colombiano, levou o título da Copa Sul-Americana de 2015 nos pênaltis, após novo empate por 0 a 0 no tempo normal – e prorrogação –, em partida em Bogotá, contra o argentino Huracán, no estádio El Campín.
Os clubes, em Buenos Aires, haviam ficado no mesmo placar, no dia 2 de dezembro.
Por causa da conquista, o Santa Fe assegurou vaga na Libertadores de 2016. É o primeiro caneco internacional da equipe. Mais do que isso, é o primeiro da Colômbia na Copa Sul-Americana.
Zapata, o goleiro, assumiu papel de herói ao evitar o gol em três cobranças dos rivais – as de Bogado, Nervo e Toranzo. Nas penalidades, 3 a 1 para os colombianos.
Ramon Ábila, destaque do Huracán na campanha, foi o vilão. Aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, ele, que é o batedor de pênaltis oficial do time, deu soco na barriga de um adversário e acabou expulso. Ficou de fora do momento decisivo.
Os pênaltis
Bogado, do Huracán, deu início às cobranças - bateu no canto esquerdo de Zapata, que, após se adiantar consideravelmente, defendeu. Omar Pérez anotou o seu, com chute rasteiro que chegou a desviiar no joelho de Díaz, e abriu vantagem ao Santa Fe.
Nervo inaugurou a segunda série, com um tiro no travessão. Seijas, de cavadinha, com finalização no meio do gol, ampliou a diferença.
Mancinelli, em momento crítico para o Huracán, arriscou cobrança no ângulo direito de Zapata e converteu. Balanta, na sequência, também fez e manteve o Santa Fe na frente.
Toranzo não quis inventar: um tiro forte no meio da meta - ele, contudo, carimbou o travessão. O errou definiu o placar em 3 a 1 nos pênaltis.
Catimba argentina
O Huracán fez valer a fama dos argentinos. Desde a metade do segundo tempo, a equipe parecia só querer ouvir o apito final.
Por volta dos 25 minutos, o goleiro Díaz pediu atendimento médico por suposta lesão na panturrilha, que durou cinco minutos. Como se não bastasse tirou as luvas ao fim da intervenção para amarrar as chuteiras. A bola só voltou a rolar aos 29.
A torcida foi à loucura. Mais tarde, aos 38, o jovem Espinoza jogou uma segunda bola em campo, na direção da que estava em jogo, em saída do Santa Fe para o ataque – o árbitro brasileiro Héber Roberto Lopes o puniu com cartão amarelo.
Héber deu cinco minutos de acréscimo no tempo final pela demora. As atitudes continuaram na prorrogação. Desta vez, porém, o juiz não deu nem um minuto sequer - a exemplo do que fez na final da Copa do Brasil, entre Palmeiras e Santos.
O jogo
Não demorou até a partida ter seu primeiro lance de perigo. Ainda no minuto inicial, Ramon Ábila, atacante do Huracán, apertou o goleiro adversário, Zapata, que havia recebido recuo de bola do zagueiro Mina. O argentino conseguiu roubar a bola dentro da área, mas estava sem ângulo e não conseguiu balançar a rede na finalização.
Mas o duelo não foi tão animado quanto o começo sugeriu. A segunda chance de gol também foi criada por Ábila, aos 12, que encontrou Espinoza em condições de finalizar – o chute, desviado pela defensiva colombiana, saiu pela linha de fundo.
O clube anfitrião assustou aos 41 minutos, quando Ângulo subiu mais alto do que todo mundo, em cobrança de escanteio, e exigiu defesa de Díaz.
A metade inaugural foi marcada pelo equilíbrio. Santa Fe teve 51% de posse de bola e o adversário, 49%. Além disso, cada lado chutou duas vezes à meta rival.
O desenho da partida não mudou no segundo tempo. Nem mesmo parecia final de campeonato, a julgar pela disposição dos dois times. O Huracán, ainda aos 29 minutos, já fazia cera, esperando pelo apito final.
A melhor oportunidade dos 45 minutos finais foi dos argentinos, aos 38, em um tiro de média distância de Bogado. A bola passou à direita da meta, raspando a trave.
Não teve remédio: em jogo pouco ativo, prorrogação. Logo aos 3 minutos, Díaz, goleiro do Huracán, deu sorte de não ter se tornado o vilão da noite. O Santa Fe chegou com cruzamento fraco desde a esquerda, mas ele deu rebote, em cima de Roa. O meia finalizou rápido e a bola parou nas pernas do arqueiro.
O lance parece ter animado o time colombiano. O capitão Omar Pérez, ídolo da equipe, apesar de não estar 100% fisicamente, levou perigo em cobrança de falta, aos 13 - o carequinha tentou um cruzamento da intermediária, mas a bola tomou o rumo da meta e exigiu boa defesa do adversário.
Já no segundo tempo da prorrogação, a dois minutos para o fim do jogo, o destaque do Huracán, o atacante Ramon Ábila, deu soco na barriga do oponente e acabou expulso por Héber Roberto Lopes. Ele, batedor de pênaltis, ficou de fora do momento decisivo.
Caminho até o título
Primeira fase
LDU de Loja 0 x 0 Santa Fe
Santa Fe 3 x 0 LDU de Loja
Segunda fase
Nacional (URU) 0 x 2 Santa FE
Santa Fe 0 x 1 Nacional (URU)
Oitavas de final
Emelec 2 x 1 Santa Fe
Santa Fe 1 x 0 Emelec
Quartas de final
Independiente 0 x 1 Santa Fe
Santa Fe 1 x 1 Independiente
Semifinal
Sportivo Luqueño 1 x 1 Santa Fe
Santa Fe 0 x 0 Sportivo Luqueño
Final
Huracán 0 x 0 Santa Fe
Santa Fe (3) 0 x 0 (1)
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