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Blatter se diz inocente e critica EUA por investigações: "não sou demônio"

Suspenso, Joseph Blatter terá chance de se defender no comitê de ética da Fifa - FABRICE COFFRINI/AFP
Suspenso, Joseph Blatter terá chance de se defender no comitê de ética da Fifa Imagem: FABRICE COFFRINI/AFP

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/12/2015 09h36

Presidente suspenso da Fifa, Joseph Blatter se defendeu mais uma vez nesta quarta-feira. Em entrevista ao jornal espanhol Mundo Deportivo, o cartola ressaltou que foi condenado antes mesmo de ter uma chance de ser defender. "Não sou um demônio. A Fifa não é uma organização mafiosa", resumiu o suíço, que também atacou a postura dos Estados Unidos, que comandam as investigações.

Um escândalo de corrupção, que abalou a entidade responsável pelo futebol mundial e resultou no afastamento de Blatter, ganhará novos contornos nesta semana. Blatter se prepara para testemunhar perante o comitê de ética da Fifa.

Em novembro, os investigadores de ética da Fifa pediram sanções contra Blatter e Michel Platini, presidente da Uefa, e ambos foram afastados de seus cargos por 90 dias contados a partir de 8 de outubro à espera da conclusão do inquérito.

"Quero que me escutem, que saibam a minha verdade. Fui condenado antes de poder me defender. Quero que saibam o que penso", comentou Blatter, a respeito de sua defesa no comitê de ética.

O dirigente criticou a postura do comitê que o investiga pelos possíveis atos de corrupção durante seu período no comando da Fifa. "Não sei qual é a mão que balança o berço, se há alguém por trás disso, se buscam evitar que Michel Platini seja o presidente da Fifa ou ainda se querem colocar uma pedra no meu pescoço para me jogar na água. Ou todas as coisas de uma só vez".

Joseph Blatter e Michel Platini podem ser suspensos do futebol por pelo menos sete anos, segundo matéria publicada pelo inglês The Guardian na última segunda-feira. A decisão final a respeito dos cartolas será tomada depois das audiências desta semana, na quinta e na sexta-feira, em Zurique, na Suíça. O comitê de ética da Fifa deve se pronunciar sobre o caso na próxima semana.

Protagonistas nas investigações, os Estados Unidos também foram atacados por Blatter. "Querem ter o protagonismo em todos os aspectos do mundo. São a 'polícia do mundo'. Há gente que colabora com essa ideia e outros que não acreditam nisso".