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Platini confirma boicote e nega explicações ao comitê de ética da Fifa

Michel Platini descartou ida para a Suíça como forma de protesto por acusações - REUTERS/Maxim Shemetov
Michel Platini descartou ida para a Suíça como forma de protesto por acusações Imagem: REUTERS/Maxim Shemetov

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/12/2015 10h49

O presidente da Uefa Michel Platini ão irá comparecer a audiência marcada para esta sexta-feira, no comitê de ética da Fifa. O cartola francês decidiu pelo boicote, como forma de protesto diante das acusações de fazer parte de esquema de corrupção da entidade que comanda o futebol mundial.

Então principal candidato à presidência da Fifa nas próximas eleições, Platini foi acusado pela Justiça suíça de ter recebido pagamento irregular de 2 milhões de francos suíços de Joseph Blatter, presidente da entidade que também está afastado de suas funções.

Blatter alega inocência e revelou que irá se defender em audiências marcadas para quinta e sexta-feira, em Zurique.

Platini, segundo comunicado divulgado pelos seus advogados, confirmou que não irá se explicar ao comitê de ética da Fifa. O ex-jogador afirma ter tido sua presunção de inocência violada.

Joseph Blatter e Michel Platini seriam suspensos do futebol por pelo menos sete anos, de acordo com informação do jornal inglês The Guardian, publicada na última segunda-feira. O comitê de ética da Fifa deve se pronunciar oficialmente sobre o caso na próxima semana, após a realização das audiências.

A acusação de pagamento irregular fez com que Platini e Blatter fossem suspensos preventivamente por 90 dias pelo comitê de ética da Fifa, que abriu investigação sobre o caso. O dirigente francês, porém, alega ter recebido o dinheiro como pagamento por serviços prestados à entidade máxima do futebol entre 1999 e 2002, em acordo verbal firmado com Blatter.

A punição complicou as pretensões de Platini de concorrer à presidência da Fifa. A candidatura do dirigente francês ainda não foi aceita pelo comitê eleitoral da entidade, que aguarda a definição do caso para determinar se ele poderá ou não concorrer ao pleito programado para 26 de fevereiro.

A situação indefinida de Platini fez com que a Uefa lançasse outro candidato às eleições da Fifa, seu secretário-geral Gianni Infantino. Além dele, outros quatro nomes estão confirmados no pleito: o príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein, o francês Jérôme Champagne, o sheik do Bahrein Salman bin Ebrahim Al Khalifa e o sul-africano Tokyo Sexwale. Musa Bility, da Libéria, também apresentou candidatura, mas foi barrado pelo comitê eleitoral.