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Três meses após pedir dispensa da seleção, Rafinha vira cidadão alemão

Rafinha exibe camisa da seleção alemã, que ganhou em programa de TV da Alemanha - Reprodução/Sportv
Rafinha exibe camisa da seleção alemã, que ganhou em programa de TV da Alemanha Imagem: Reprodução/Sportv

Do UOL, em São Paulo

22/12/2015 00h02

O lateral direito Rafinha agora é cidadão alemão. O jogador brasileiro mostrou em entrevista ao SporTV o seu novo passaporte, alemão, abrindo novamente conversas sobre a vontade do atleta do Bayern de Munique de defender a seleção alemã. Há três meses, Rafinha disse "não" a Dunga em convocação. 

"Isso é bom pro meu futuro. Faz 10 anos que estou na Alemanha. Não sou mais extracomunitário, agora posso jogar na Inglaterra, por exemplo. Na Itália eu não ocupo mais lugar de estrangeiro", comentou o jogador, que passa férias no Brasil. 

As notícias sobre a possibilidade de Rafinha defender a seleção alemã surgiram em setembro de 2015, quando o jogador pediu dispensa da seleção brasileira. Na época, o jogador precisou vir a público explicar os seus motivos para a recusa ao chamado do técnico Dunga, pois a própria CBF chegou a justificar que o lateral estava pensando em defender a Alemanha. 

"Se eu estou jogando em uma equipe como o Bayern de Munique e não estou sendo chamado na seleção, eu tenho que pensar em mim e em outras situações na minha carreira", disse Rafinha. "Eu já tinha tomado a decisão há algum tempo. Antes dessa convocação, não existia ninguém me pedindo na seleção brasileira", completou. 

Depois que seu passaporte alemão saiu, o jogador participou de um programa na Alemanha e chegou a ganhar uma camisa da equipe com seu nome. 

Há três meses, quando a polêmica surgiu, o UOL Esporte explicou que há barreiras jurídicas impostas pela Fifa para que o processo saia do papel e o jogador possa atuar pela seleção alemã.

Rafinha disputou o mundial sub-20 em 2005, pela seleção brasileira. Para que o jogador pudesse defender a atual campeã do mundo, ele precisaria já ter sua dupla nacionalidade quando representou o Brasil nas categorias de base. É o que diz a alínea de número 1, do artigo 8 do Anexo III dos Estatutos da Fifa.

Neste caso, apesar de o sub-20 não ser uma competição oficial, de nível A, como são Copa do Mundo e Eliminatórias, ele pode ser considerado a primeira aparição parcial ou completa em uma partida internacional. Ele também atuou em amistosos.