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Kaká elogia Neymar na Bola de Ouro, mas liga alerta para jejum do Brasil

Melhor do mundo em 2007, meia vê Brasil com dificuldades para formar grandes talentos - Getty Images
Melhor do mundo em 2007, meia vê Brasil com dificuldades para formar grandes talentos Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

04/01/2016 09h00

A edição 2015 da Bola de Ouro da Fifa colocou Neymar entre os candidatos ao prêmio de melhor jogador do mundo no ano. A indicação encerrou um longo jejum do Brasil, que não tinha um potencial vencedor desde que Kaká foi eleito o melhor em 2007.

Mas o próprio Kaká vê a indicação do atacante do Barcelona com preocupação. Segundo ele, o período de sete anos sem finalistas do Brasil nas principais premiações da Fifa reflete as dificuldades que o país vem tendo para revelar jogadores de alto nível.

“É difícil apontar uma razão para isso, mas deve servir de alerta para o futebol brasileiro. E, verdade seja dita, não é fácil construir um vencedor da Bola de Ouro”, disse Kaká em entrevista divulgada para a Fifa.

Apesar da desconfiança, o meia do Orlando City torce para Neymar possa conquistar a curto prazo uma Bola de Ouro. “Felizmente, Neymar evoluiu muito desde que foi jogar na Europa. Seu jogo é muito mais maduro. Agora, é questão de tempo para que ele alcance o primeiro lugar”, aposta.

O próprio Kaká, que venceu Cristiano Ronaldo e Lionel Messi na premiação de 2007, vê com naturalidade a polarização da disputa entre o português e o argentino nos últimos sete anos. Segundo o brasileiro, é comum que exista pouca rotatividade na disputa pelo prêmio de melhor jogador do mundo durante o auge de grandes atletas.

“Sempre foi um rodízio. Ronaldo (1996, 1997 e 2002) e Zidane (1998, 2000 e 2003) ganharam três vezes cada, mas sempre havia algum outro jogador – nomes como Figo (2001), Ronaldinho (2004 e 2005), eu (2007), Rivaldo (1999), Cannavaro (2006)… Então, vem esta sucessão de Cristiano e Messi, somente entre eles. E é justo diante do que eles têm feito ano após ano”, acredita Kaká.