Comitê de Ética da Fifa recomenda afastamento de Valcke por nove anos
O presidente da câmara investigatória do Comitê de Ética da Fifa, Cornel Borbély, anunciou nesta nesta terça-feira a conclusão das investigações a respeito de atividades do secretário geral da entidade, Jérôme Valcke, atualmente suspenso. Em comunicado oficial divulgado pela própria Fifa, Borbély pediu a prorrogação do afastamento de Valcke por mais 45 dias.
No relatório do Comitê de Ética, o presidente da câmara de investigação recomendou ainda que Valcke seja banido da Fifa por nove anos por violações de sete artigos do Código de Ética da Fifa (FCE). Entre eles, envolvendo questões de conflitos de interesse (artigo 19) e acusações de receptação de presentes (artigo 20). O francês ainda seria punido com uma multa de 100 mil francos suíços (pouco menos de R$ 400 mil).
Agora, as recomendações feitas serão analisadas por um comitê julgador dentro do próprio Comitê de Ética que avaliará a suspensão e multa.
A suspensão provisória de Valcke, determinada em 7 de outubro de 2015, se encerra à 0h (horário local) desta quarta-feira, mas pode ser prorrogada mediante aval do Comitê de Ética da Fifa. Segundo o comunicado divulgado nesta terça-feira, “até que uma decisão forma seja tomada pela câmara investigatória do Comitê de Ética, Jérôme Valcke é considerado inocente”.
Valcke foi suspenso depois de um escândalo e revenda de ingressos para a Copa do Mundo de 2014 ser revelado. O dirigente disse que as acusações eram “fabricadas e revoltantes”, mas, mesmo assim foi afastado de seu cargo.
O pedido de suspensão para Valcke é um pouco superior ao dado para Joseph Blatter, presidente afastado da Fifa, e Michel Platini, presidente da UEFA. Os dois foram suspenso por oito anos por um suposto pagamento ilegal feito ao francês.
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