Sucesso do Allianz Parque e dívida geram ruptura entre WTorre e parceiro
A WTorre tem mais uma dor de cabeça para resolver na gestão do Allianz Parque. Alvo de pedido de falência no ano passado, a construtora da arena do Palmeiras volta a enfrentar problemas por causa da falta de pagamento. Desta vez, a nova rusga envolve a AEG, responsável pela gestão do estádio, e que entrou com um processo extrajudicial, em cartório, para cobrar uma dívida de até R$ 4 milhões.
Mais do que isso. As partes agora até brigam para saber quem é o responsável pelo sucesso na operação da casa palmeirense em 2015.
AAEG, que é norte-americana e anunciou o acordo de 10 anos com a construtora, alega não ter recebido o repasse correspondente por eventos organizados e propriedades comercializadas em nome da construtora. Oficialmente, diz que procura uma maneira amigável de receber o que diz ter direito, por isso ainda não foi à Justiça.
Para agravar a situação, recentemente, a WTorre retirou as credenciais de acesso que funcionários da AEG possuíam. Em nota, a construtora alegou que o procedimento é repetido anualmente como medida de segurança.
Assim que desembarcou no Brasil, a AEG usou suas parcerias internacionais, na América do Norte, Europa e Oceania, para trazer shows para a arena palmeirense, além de auxiliar no “know-how” de como gerir um aparelho para mais de 40 mil pessoas, algo completamente novo no país com o “boom” das novas arenas no recente processo de modernização vivido especialmente com a chegada da Copa do Mundo.
Ao mesmo tempo, a WTorre, que também criou braços para conseguir patrocínios e atrair shows para a casa alviverde, diz que tem maior parte da responsabilidade pelo sucesso da operação em 2015. Houve recordes de público e a receita palmeirense explodiu.
"Há uma discussão a esse respeito pois, do outro lado, a WTorre também cobra uma série de serviços que entende não terem sido prestados e, portanto, não haveria valores devidos. A gestão comercial do Allianz Parque, seja na venda de patrocínios, na captação de eventos, shows ou na comercialização de camarotes se tornou referência não apenas no mercado nacional, como no mercado Internacional. O modelo comercial foi desenvolvido, desde o início, pela WTorre Entretenimento, que também comercializou os naming rights e outros patrocínios do Teatro Santander. A contribuição da AEG à gestão comercial foi apenas de caráter operacional", afirmou a construtora na nota distribuída a veículos de imprensa.
Na mesma nota, a WTorre provocou, aproveitando a crise vivida em outras arenas geridas pela AEG, como o consórcio Maracanã e a Arena Pernambuco.
"Prova disso (responsabilidade da construtora pelo sucesso comercial) é a performance comercial da AEG nos 3 outros estádios que estiveram/estão sob sua gestão no Brasil: Maracanã, Arena Pernambuco e Arena da Baixada".
A AEG e a Odebrecht, construtora que também participa da gestão do Maracanã, responderam. "A AEG, maior gestora de arenas e estádios do mundo, esclarece que nos contratos com o grupo Odebrecht na Arena Pernambuco e no Maracanã o objeto é a gestão operacional e não a captação de patrocínios, sendo o relacionamento entre as partes de elevada parceria e respeito mútuo."
BRIGA SE ESTENDE A OUTROS PARCEIROS
Além de outros fornecedores que alegam não terem recebido os pagamentos para serviços, a WTorre também precisa enfrentar problemas judiciais com a Traffic. No fim do ano passado, a Justiça determinou um pagamento de R$ 2,2 milhões para a empresa de marketing por vendas de camarotes e outras propriedades.
Até agora, a pendência continua. A WTorre evita comentar o assunto. "Em relação à Traffic, não comentamos esse assunto, apenas esclarecemos que a iniciativa de encerrar o vínculo comercial partiu da WTorre".
WTorre e Palmeiras também aguardam um parecer judicial para saber como ficará a divisão das vendas de cadeiras do estádio palmeirense. Não há prazo para a briga acabar. O clube já alegou, no passado, que também não recebeu repasses de shows que aconteceram eu seu estádio. Atualmente, pode contar na totalidade com as rendas de seus jogos, ponto comum em contrato.
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