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Copinha: Polícia tem imagens para identificar autores de roubo e vandalismo

Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

19/01/2016 17h15

A polícia de Mogi das Cruzes trabalha para identificar culpados de crimes no confronto entre torcedores do São Paulo e policiais ocorrido no jogo da Copa São Paulo de Futebol Júnior do último domingo - vitória por 4 a 0 sobre o Rondonópolis. Em contato com o UOL Esporte, Eli Nepomuceno, secretário de segurança da cidade, disse que conta com imagens de câmeras para facilitar o trabalho.

"Foi instaurado um inquérito pela Polícia Civil e começaram os procedimentos nesse sentido (identificar autores). Existem imagens boas, trata-se de um grupo determinado e limitado. Vai haver um empenho nesse sentido, até porque aconteceram danos: uma viatura foi totalmente danificada, as catracas do estádio, a bilheteria vandalizada. Isso tudo está sendo apurado", afirmou.

O secretário também relatou delitos cometidos fora do estádio - segundo ele, pelo mesmo grupo que causou a confusão do lado de dentro. Entre as ocorrências estão roubos e agressões de torcedores a pessoas que estivessem usando brincos ou roupas cor de rosa.

"Isso aconteceu, sim. Constatou-se esse mesmo grupo abordando pessoas que estavam de camisa rosa. Forçavam, faziam uma roda em torno e obrigavam a tirar. Se estava de brinco, a mesma coisa. Nós registramos algumas ocorrências de roubo lá fora, vendedores ambulantes que tiveram todo o produto roubado", disse.

A confusão começou quando um grupo de torcedores organizados foi barrado do lado de fora, porque a lotação máxima de 7.700 pessoas do estádio havia sido alcançada - na Copinha, não há cobrança de ingressos. Após o impasse, um grupo de pessoas que já havia entrado forçou os portões de dentro para fora, dando início ao conflito. Segundo Nepomuceno, cerca de 600 torcedores conseguiram entrar dessa maneira.

Por fim, o secretário elogiou a atuação da Polícia Militar, que foi chamada para ajudar a conter os torcedores no estádio. "É importante dizer que estávamos com 35 guardas municipais, 12 seguranças particulares e 22 servidores municipais ajudando na segurança e orientando o público. Esse era o número que tinha internamente. Estávamos preparados para um público de 7.500 pessoas e não contávamos com esse comportamento criminoso e irresponsável de umas 300 pessoas, que tomaram a decisão deliberada de abrir o portão".

O episódio fez com que a Federação Paulista de Futebol tirasse de Mogi das Cruzes o jogo das quartas de final entre São Paulo e Flamengo, nesta quarta-feira, e mudasse a partida para Barueri. Também haverá cobrança de ingressos no jogo.