Topo

Primeiras impressões do Inter: base mantida e Sasha de volta

O pior e o melhor do Inter na Florida Cup em uma foto: Anderson e Eduardo Sasha - AP Photo/Alan Diaz
O pior e o melhor do Inter na Florida Cup em uma foto: Anderson e Eduardo Sasha Imagem: AP Photo/Alan Diaz

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

21/01/2016 06h00

O Internacional de 2016 empatou com Bayer Leverkusen (3 a 3) e venceu o Fluminense (1 a 0) na Florida Cup, mas ainda tem resquícios do time que terminou a temporada passada. Liderado por um enérgico Argel Fucks, que instiga o jogo físico e intenso, o Colorado evoluiu na contenção defensiva, mas ainda peca na saída de bola e sofre com as poucas finalizações.

Mesmo esquema

A formação dos primeiros jogos do ano se assemelha àquela utilizada na reta final de 2015. Com Rodrigo Dourado deixando de ser o jogador mais defensivo do meio-campo, D’Alessandro flutuando entre dois meias velozes e essa dupla explorando muito os lados. O losango usado na Florida, contudo, foi mais largo. Com distância maior entre seus integrantes, a bola nem sempre girou.

A saída de Lisandro López enfraqueceu o setor ofensivo. Sem um jogador que possa variar entre os flancos do campo e a área durante os jogos, o Inter perdeu poder de fogo. Ficou reativo em diversos momentos das partidas realizadas nos Estados Unidos.

Defesa melhor

O lado positivo é que a defesa mostrou evolução. Argel deixou laterais e zagueiros mais próximos, incrementando a cobertura defensiva. Mantendo na lista da nova temporada um objetivo inicial de seu trabalho. Rodrigo Dourado e Anderson se mostraram dedicados à contenção. Ou seja: tentaram reduzir a velocidade do time adversário, gerando tempo para a equipe se remontar atrás.

Mas Anderson foge da média do time. Tanto na estreia quanto no último jogo, o camisa oito errou na marcação e contribuiu pouco para as jogadas ofensivas. Diante do Fluminense, inclusive, começou a partida afoito demais e levou amarelo com menos de 10 minutos.

Contra o Leverkusen, dois gols sofridos ocorreram após falhas individuais. Anderson fez pênalti e Alan Costa se precipitou ao tentar cortar e marcou contra. Apenas o segundo gol de Chicharito Hernández saiu de erro coletivo. Vitinho desistiu do lance na intermediária defensiva, a última linha se abriu e o mexicano conseguiu finalizar.

Diante do Fluminense, Fernando Bob se alinhou a Réver e Paulão para melhorar a saída de bola. Mas sem opções por perto e por vezes muito recuado, o camisa cinco foi obrigado a recorrer à ligação direta ou aos toques laterais para William ou Artur, que se revezavam na missão de tentar triangulação com Sasha e Vitinho.

Sasha de volta

Ainda que tenha encontrado dificuldades na transição ofensiva, o Colorado contou novamente com Eduardo Sasha. Uma espécie de coringa no time de Diego Aguirre, durante a primeira metade do ano passado, o camisa nove se mostrou plenamente recuperado de cirurgia no pé. Marcou dois gols e ajudou a desafogar as jogadas. Com intensidade, também contribuiu para a marcação pressão do início da partida diante do Bayer Leverkusen.

O Internacional chega a Porto Alegre nesta sexta-feira (22) pela manhã e estreia oficialmente na temporada contra o Coritiba, no próximo dia 27, na abertura da Primeira Liga. Até lá, Argel deverá consolidar ainda mais as ideias que usou em 2015. Um Inter que preza pela defesa, prefere enfrentar times que o ataquem e ainda procura maneiras mais eficazes de fazer gol.