'Soberba' por drible da foca atrapalhou carreira, admite Kerlon
O atacante Kerlon surgiu em 2005 pelo Cruzeiro com uma jogada que causou sensação mundial: o ‘drible da foca’, no qual colocava a bola sobre a cabeça e passava pelos adversários. No entanto, da mesma forma que o lance provocava frisson, gerou expectativas elevadas sobre o jogador. E ele mesmo admite que o fato atrapalhou seu desenvolvimento no início da carreira.
“Tinha uma certa soberba acima dos outros. Ter 18, 19 anos e ser reconhecido por uma jogada”, contou o jogador, em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal Lance!. A soberba, segundo ele, abriu portas a ele fora de campo e acabou atrapalhando.
“Você começa a ganhar dinheiro, se sente com poder a mais que tem. Tudo isso eu vejo hoje como uma futilidade, aquilo não vale nada. Eu saía, como todo jogador saía. Tinha várias mulheres, eram muito fáceis. Droga, nunca me meti. É um tipo de situação que você precisa hoje dormir bem, descansar, ter o músculo bom. Perdi muito tempo tirando o foco, que era jogar futebol. Todo jogador fazia, eu também fiz. Não sei se consegui acordar a tempo”, completou.
Depois de atuar pelo Cruzeiro, Kerlon foi para o futebol italiano, jogando por Chievo e Inter de Milão. De lá, passou por Ajax (Holanda), Paraná Clube e Nacional (MG). Tudo isso entre 2008 e 2012. Mais tarde, passou por clubes de Japão, Estados Unidos e Malta, sofrendo para recuperar a forma física.
“Preciso de alguém que diga: ‘Eu vou ajudá-lo, vou prepará-lo de novo’”, afirmou o jogador, que diz não ter virado craque “por causa das lesões”.
“As lesões que tive foram todas ligamentárias. Claro que, depois que você recupera uma lesão de ligamento, tem lesões musculares porque o músculo não está respondendo à altura. Eu fui abençoado por Deus por passar por isso. Acredito que são lesões que todo jogador que está aí está sujeito a passar”, disse Kerlon, que jogará o Campeonato Mineiro pelo Villa Nova.
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