Volante da seleção brasileira e do Wolfsburg, Luiz Gustavo tinha apenas 19 anos quando foi transferido para o futebol alemão. Mas a ida para o Hoffenheim, em 2007, marcou também um dos momentos importantes em sua vida pessoal: a decisão de tornar mais séria a relação com Milene, mãe de seu único filho.
Os dois haviam se conhecido um ano antes em uma rede social. Na época, ele vivia em Maceió e defendia o pequeno CRB. Ela era estudante e não tinha nem ideia de que ele se tornaria, anos depois, um dos destaques do poderoso Bayern de Munique. "Somos da mesma cidade (Pindamonhangaba, no interior de São Paulo). Ele me adicionou no Orkut e começamos a nos conhecer", recorda-se a jovem, comentando sobre o namoro a distância que foram obrigados a levar no início.
Dez anos se passaram desde que os dois começaram a namorar. Até passou a se interessar por futebol nesse intervalo. Figurinha frequente nos eventos e na arena do Wolfsburg, time que Luiz Gustavo defende desde 2013, ela hoje faz questão de prestigiar as partidas do marido. "Quando ele jogava em Maceió eu não conseguia ir aos jogos, pois eu morava na nossa cidade natal. A partir do momento que me mudei, eu praticamente não perco nenhum".
A primeira década de relacionamento também a fez testemunhar alguns dramas do marido. O mais recente foi a grave lesão no joelho que o tirou da Copa América, no ano passado. Luiz Gustavo é um dos homens fortes do elenco do técnico Dunga e tem sido convocado desde que se recuperou. "Fiquei triste, essas coisas sempre assustam", relembra. "Mas faz parte. Eu o apoiei dando carinho, atenção e ajudei em tudo o que estava ao meu alcance".
Um ano antes, ela teve que segurar a barra numa situação ainda mais delicada: o 7 a 1 contra a Alemanha, durante a Copa do Mundo. "Logo após o jogo nem nos falamos. Ele apenas me mandou uma mensagem perguntando como eu e meu filho estávamos. Disse que quando estivesse um pouco melhor me ligaria", recorda-se. Não aconteceu. "Ao chegar em casa estava muito chateado, calado, triste. E eu tanto quanto ele. Foi uma fase difícil".
Adaptada à vida no continente europeu, Milene diz que não se entedia longe do país de origem. "Amo a Alemanha! Quando ele tem um tempinho, gostamos de sair para comer fora, visitamos outras cidades perto daqui, vamos ao parque com nosso filho, assistimos a filmes e fazemos compras", enumera.
Dona de casa, ela conta que ela "sofre" com o ciúme do jogador tanto quanto ele. É um caminho de mão-dupla. "Ele é ciumento, mas eu também sou", diverte-se a jovem, que jura, no entanto, que o volante não faz marcação cerrada. "Esse negócio de perguntar para onde eu vou não precisa, porque eu sempre digo", conta.
Nem uma roupa mais decotada é vista como "problema" para o atleta. "No começo ele se importava. Mas agora, depois de 10 anos, já estamos mais seguros. O jeito que eu me visto é o jeito que gosto de me vestir, e ele respeita isso".
Milene, aliás, também faz questão de dizer que também respeita o gosto do marido. No figurino, conta que só "muito de vez em quando" dá palpite. Mas é o bigode, que o atleta ostenta há quase dois anos, que costuma ser tema de opiniões controversas.
Quando apareceu pela primeira vez com ele, em 2014, Luiz Gustavo brincou que queria fazer uma homenagem ao então técnico do Brasil, Luiz Felipe Scolari. A mulher do volante nega a versão e diz que ele deixou crescer "para fazer um estilo". "Queria algo diferente, pra ficar marcado. O bom é que eu também gosto, aí uniu o útil ao agradável", diz, aos risos. "Eu o prefiro de bigode mesmo".
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