Funk de um lado e xingamentos do outro: os vestiários da final da Copinha
O clima esquentou no vestiário do Corinthians após a derrota para o Flamengo, nos pênaltis, na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Enquanto a imprensa deixava a sala de coletiva, gritos ecoaram pelo vestiário com xingamentos.
"Calma, o c..., ele é um filho da p..!" foi um deles. Não foi possível identificar de quem foi o grito e para quem ele foi endereçado, já que havia uma parede de mais de dois metros de altura separando jornalistas e jogadores.
Imediatamente após os gritos, o vestiário foi fechado e passou a ser de acesso exclusivo para funcionários do Corinthians.
O meia Matheus Pereira, que errou seu pênalti ao tentar uma cavadinha e mandar para fora, foi um dos últimos a deixar o local. Ele foi o único que estava acompanhado de funcionários alvinegros.
Um pouco antes, o coordenador de futebol e ex-jogador Alessandro afirmou que o atleta merece respeito e lembrou da cavadinha de Alexandre Pato - que já desperdiçou pênalti no mesmo estilo, diante do Grêmio, na Copa do Brasil de 2013. "Nosso histórico de cavadinha não é bom".
Festa rubro-negra
Enquanto isso, do outro lado, o clima era de festa. Assim que chegaram aos vestiários, os jogadores do Flamengo ligaram um aparelho de som e engataram uma sequência de funk. Aos gritos de "é campeão", os vencedores iniciaram a comemoração que não terá hora para acabar, segundo eles mesmos.
Os jogadores se orgulhavam de dar entrevistas e agradeciam aos céus a todo momento. O goleiro Thiago, por exemplo, mostrava o celular com centenas de mensagens chegando a cada segundo.
O presidente Eduardo Bandeira de Mello também aproveitou a oportunidade para provocar os corintianos. "Todos querem ter a maior torcida do país. Mas é indiscutível quem tem", afirmou o dirigente, respondendo aos gritos da torcida corintiana, que clamava ser a melhor do Brasil enquanto a bola rolava.
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