"Quer ser campeão no Palmeiras?": como Mattos abordou atletas cobiçados
Alexandre Mattos não entra em campo, tampouco veste a camisa do Palmeiras. Isso, porém, não impede que o diretor de futebol tenha status de ídolo no clube alviverde. Em 13 meses, o dirigente esteve à frente de 33 contratações — oito para a temporada 2016.
No concorrido mercado da bola, Mattos conseguiu até mesmo levar a melhor sobre times europeus. O fato ocorreu no mês passado, durante a negociação do meia-atacante Erik, que também despertou o interesse de Internazionale, Fernerbahce, Benfica e Porto.
"Ele fez de tudo. Ele conseguiu algo quase impossível, porque meu nome estava sendo cogitado por muitos clubes, até da Europa. O Palmeiras conseguiu e o Alexandre foi muito importante ao apresentar o projeto. Ele me tirou do Goiás para vir para o Palmeiras e ser campeão", disse Erik em entrevista ao UOL Esporte.
O estilo de abordagem ocorreu com a maioria dos contratados — além de Erik, Vagner, Roger Carvalho, Rodrigo, Régis, Moisés, Edu Dracena e Jean. A chance de ser campeão no Palmeiras virou trunfo também com o meia Moisés, que ressalta a rapidez das negociações.
"Quando ele me ligou, ele perguntou se eu estava preparado para ser campeão. Falei que estava preparado e queria muito. Nossa conversa foi muito rápida, o acerto também. De imediato já falei que queria", disse o jogador.
Contratado em dezembro, Moisés teve o primeiro contato com Mattos em novembro. "Só não foi mais rápido porque envolvia outro clube, mas da minha parte com o Alexandre foi tudo resolvido muito rápido. O fato de ele estar no Palmeiras ajudou muito porque eu conheço a forma de ele trabalhar também. Ele tem ambição de vencer, tem esse espírito", afirmou.
Para trazer Régis, o dirigente do Palmeiras conseguiu superar a concorrência do Santos. Algo parecido ocorreu com Dudu no ano passado: o clube alviverde deu o famoso "chapéu" em Corinthians e São Paulo.
Segundo Régis, o projeto apresentado e o modo de Mattos tratar o negócio foram fundamentais para o negócio acontecer. "O Alexandre sempre se mostrou muito atencioso e com um grande projeto para 2016. O contato com ele foi o melhor possível e até hoje durante os treinos ele procura conversar com a gente, sempre atento a tudo", ressaltou.
Procurado pela reportagem, Mattos admitiu que o modo de agir ajuda nas contratações. "Procuro sempre fazer o meu trabalho de maneira dinâmica e muito objetiva. Foco sempre no melhor pro clube", frisou.
Dos oito contratados, cinco vieram sem custos: Régis, Rodrigo, Roger Carvalho, Dracena e Vagner. O Palmeiras desembolsou R$ 13 milhões para ter Erik. Moisés e Jean custaram R$ 4,5 milhões e R$ 3,2 milhões, respectivamente.
Tratado como ídolo pela torcida já na primeira temporada no clube alviverde, Mattos rechaça o status recebido. "O carinho traz mais responsabilidade. Os ídolos são os jogadores", finalizou o dirigente.
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