"Não decidi se Neymar é inocente", diz juiz a jornal
Responsável por rejeitar a denúncia de sonegação fiscal e falsidade ideológica que o MPF apresentou contra Neymar, o juiz Mateus Castelo Branco, da 5ª vara federal de Santos (SP), afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o craque do Barcelona ainda pode ser processado.
“O que é bom é que as pessoas entendam é que não se decidiu se Neymar e os outros réus são ou não inocentes. O que se decidiu é que, no momento, não é possível dar início à ação penal”, explicou Castelo Branco.
Questionado sobre se sabia sobre os problemas enfrentados por Neymar e o pai dele na Espanha, Castelo Branco foi taxativo. “Tenho muito pouco conhecimento sobre o que está acontecendo lá”.
Fã de futebol, o juiz no entanto preferiu não entregar para quem torce. “Tenho um time de coração, mas é melhor não revelar. Não seria apropriado”.
Após a decisão do juiz de Santos, o MPF entrou com recurso pedindo que ele reconsidere sua decisão sobre Neymar. O órgão argumenta que o juiz não seguiu o rito processual, permitindo que a defesa tivesse acesso aos documentos. “O caso teve muita repercussão da mídia. Os advogados vieram aqui pedir o acesso à denúncia. Embora não seja comum, não é ilegal”, afirmou o magistrado, que concluiu: “Se o MPF apresentar um recurso, quem vai julgar é o Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Esse recurso não seria avaliado por mim”.
A Justiça Federal em São Paulo proferiu decisão na última quinta-feira (11) mantendo decisão liminar (provisória) que bloqueava R$ 188 milhões em bens do atacante Neymar e de seu pais, Neymar da Silva Santos e Nadine da Silva Santos.
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