Para Luis Enrique, clubes devem apostar em contratos curtos para técnicos
No Brasil, é comum ver a crítica esportiva apontar o trabalho longevo de treinadores como uma receita de sucesso em clubes. No entanto, para um dos mais importantes técnicos da atualidade no futebol europeu, o ideal seria justamente o contrário: contratos curtos.
É o que defende Luis Enrique, técnico do Barcelona. Eleito pela Fifa o melhor treinador masculino do mundo em 2015, o espanhol acredita que os técnicos renderiam mais se seus contratos expirassem a cada seis meses.
“Eu aprovaria se um contrato nunca durasse mais de seis meses”, disse Luis Enrique, em declarações reproduzidas pelo site da BBC. “Se eu não estou feliz, se eu não estou ajudando, não faz sentido para mim continuar como treinador. Quanto mais curto (o contrato), melhor”, afirmou também.
Com passagens por Roma e Celta de Vigo, Luis Enrique chegou ao Barcelona em 2014, assinando um contrato de duas temporadas. Em junho de 2015, porém, o compromisso foi renovado, com duração até junho de 2017.
Embora tenha emprego garantido por três anos, Luis Enrique acredita que manter um treinador que não dá resultados ao clube é desperdício de dinheiro.
“Se você não gosta do treinador, simplesmente troca e não gasta tanto para demiti-lo”, afirmou o espanhol, que vê casos como o de Arsène Wenger (prestes a completar 20 anos no Arsenal) cada vez mais raros. “No futebol moderno, é impossível”, avaliou.
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