Após Copa América, Neymar tem mais polêmica do que brilho com a seleção
Não há como negar que Neymar é o jogador mais importante da seleção brasileira e, por consequência do país. Mas também fica cada vez mais difícil contestar que ele está longe de repetir, com a camisa da seleção brasileira, o futebol apresentado no Barcelona que o colocou entre os melhores do mundo.
O atacante teve queda vertiginosa de desempenho desde a suspensão sofrida na Copa América, quando reagiu às provocações dos colombianos com uma agressão e foi suspenso por quatro partidas. Na ocasião, optou por não ficar com o grupo no restante da competição e causou certa repercussão negativa em parte da torcida, que o via como líder e acreditava necessário que ele ficasse ao lado dos outros atletas até o fim da disputa.
Foi nesta competição, inclusive, que ele marcou seu último gol com a camisa da seleção em uma partida oficial. No dia 14 de junho de 2015, ele ajudou o país na sofrida vitória contra o Peru. De lá para cá, foram nove partidas (quatro ele ficou fora), com mais polêmica do que brilho. Gol apenas no amistoso contra os Estados Unidos, quando fez dois na vitória por 4 a 1.
Fora da partida contra o Paraguai por causa do amarelo sofrido contra o Uruguai, ele recebeu proteção de Dunga, que afirmou que ele sofre um pouco de perseguição da arbitragem. Ao não entrar em campo na terça-feira (29) em Assunção, ele completará 50% de ausência nas Eliminatórias. Ele entrou em campo contra Argentina, Peru e Uruguai, não fez nenhum gol e tomou dois cartões.
"Eu queria que a arbitragem tivesse o mesmo rigor com ele que tem com as faltas que ele faz. Mas a gente precisa acostumar. Ele é o Neymar e tudo o que fizer vai tomar outra proporção", analisou o treinador.
Contra o Uruguai, Neymar foi o jogador que mais errou passes ao lado de Daniel Alves e Douglas Costa: sete. Foi o que mais errou finalizações: três. Foi o segundo que mais errou cruzamentos: três. Mas também foi o que mais acertou dribles: quatro.
Na seleção, busca-se uma explicação para a falta de qualidade apresentada pelo camisa 10. Jogadores como Douglas Costa e Willian já admitiram que jogam em função dele, por causa de sua boa qualidade. O próprio Neymar afirma que atua em um esquema diferente do que mostra no Barcelona, onde joga mais aberto do que centralizado, como precisa fazer na seleção.
Quando representa o país, apesar de ter só 24 anos, também precisa ser o líder técnico. Ele afirma que a pressão não o afeta. No Barcelona, divide as atenções com Luiz Suárez, Lionel Messi, Andrés Iniesta e outros.
"Vocês me pergutam isso (ser o jogador mais importante do grupo) há muito tempo. Isso não é um peso para mim e acho que em toda equipe um jogador sempre se destaca em relação aos outros, mas isso não adianta ficar só nas palavras", analisou o craque.
A próxima novela com Neymar já tem capítulo marcado. Barcelona e CBF conversam para que o jogador atue tanto na Copa América, em junho, quanto na Olimpíada, em agosto, no Rio de Janeiro, onde já tem sua participação encaminhada.
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